A equipa de Santo Tirso tem “esperança” de receber as águias em casa, mas o relvado, a iluminação e as bancadas podem ser um entrave. Tirsense estuda opções e o Bessa está nesse lote
Corpo do artigo
A chegada do Tirsense às meias-finais da Taça de Portugal é um feito histórico, já que é a primeira equipa do quarto escalão do futebol português a chegar tão longe na prova rainha. Agora segue-se o Benfica, mas a dimensão do jogo pode levar a que a receção às águias seja jogada em casa emprestada e o Bessa, estádio do Boavista, é uma das hipóteses.
João Magalhães, vice-presidente do Tirsense, explica que é “difícil a curto prazo” receberem o jogo no estádio Abel Alves Figueiredo, mas ainda há esperança:
“Temos sérias dificuldades em poder realizar o jogo no nosso estádio. Estamos em contacto com a câmara também, que se tem mostrado bastante disponível para nos ajudar, mas sabemos que será difícil, até pelo curto prazo de tempo que temos até à realização do jogo. Por isso, dessa forma, ainda temos aqui uma resta de esperança e estamos a trabalhar nesse sentido, mas sabemos que será difícil que o jogo se realize no Abel Alves.”
Por isso, é preciso começar a olhar para outras opções. O Tirsense tem estado em contacto já com vários clubes para perceber quem está disponível para emprestar “a casa” à equipa sensação da Taça de Portugal. João Magalhães explica que “já houve previamente alguns contactos, mas ainda não temos nada fechado”. Até porque o adversário em causa faz diferença. “Estávamos à espera para perceber qual é que seria o adversário, se o Benfica, se o Braga, e qual o nível de adeptos e de mobilização que a equipa visitante poderia trazer”, começa por explicar o dirigente.
“Sabendo que é o Benfica, também nos vem criar aqui um desafio maior pela sua massa adepta. Por isso, ainda estamos numa fase em que temos aqui algumas opções, não temos nada fechado”, diz.
O Estádio do Bessa, casa do Boavista, é uma das opções em cima da mesa, até pela dimensão do estádio, conta João Magalhães à TSF. “É um dos casos que temos em conta e não é o único caso. Temos mais estádios até de dimensão próxima, mas seria uma opção válida, com certeza”, refere.
O ideal seria receber o jogo frente ao Benfica em casa, no Estádio Abel Alves Figueiredo, mas João Magalhães adianta que o terreno do Tirsense não está apto para um jogo desta dimensão, especialmente ao nível do relvado.
“Aquela que seria realmente a nossa maior dificuldade, até por uma questão de tempo e também de custo, seria o nosso relevado. Nós temos um relevado muito antigo e que seria absolutamente necessário fazer a sua substituição para esse jogo”, sublinha, acrescentando ainda outros problemas: “Uma delas será as torres de iluminação, que o estádio atualmente conta apenas com três torres de iluminação. A própria iluminação em si teria de ser alterada para o sistema de LED. Teríamos também a dificuldade das cadeiras, porque o estádio não está todo preparado com cadeiras para que tenha os lugares sentados.”
As meias-finais da Taça de Portugal vão jogar-se no mês de abril. A primeira mão será em casa do Tirsense, a segunda joga-se no Estádio da Luz. O vencedor segue para a final, no Estádio do Jamor, no dia 25 de maio.
