Mais uma grávida perde o bebé, Ministério da Saúde nega falta de assistência

Uma grávida de risco, com 38 anos e 31 semanas de gestação, acabou por perder o bebé a caminho do hospital de Cascais, porque não conseguiu ser atendida em nenhum dos serviços de urgência de obstetrícia da Península de Setúbal. O Ministério da Saúde recusa que a morte tenha acontecido por encerramento de serviços.

A RTP noticiou esta quinta-feira o caso de uma grávida de 31 semanas que terá ligado para a linha de Saúde 24, sem sucesso, e acabou por ligar para o 112, sendo acionados os bombeiros do Barreiro. Segundo a notícia, a grávida acabou por ser transportada para Cascais porque as urgências do Hospital S. Bernardo, em Setúbal, que deveriam estar abertas, encerraram por sobrelotação, uma situação negada pelo ministério num comunicado enviado à TSF.

O ministério de Ana Paula Martins refere que o primeiro contacto entre a grávida e o SNS "ocorreu às 01h30 com uma chamada para o INEM. O resultado da triagem determinou o encaminhamento da chamada para a Linha SNS Grávida, do SNS 24. A utente voltou a contactar o INEM às 01h47 que acionou os meios necessários". 

A grávida foi então para Cascais, segundo o Ministério da Saúde, não porque as urgências da especialidade estivessem todas encerradas na região, mas sim porque, dadas as circunstâncias da gravidez, teve de ser encaminhada para um hospital com neonatologia.

Não corresponde à verdade, como tem sido noticiado, que tenha sido recusada a assistência à grávida, por motivo de encerramento dos serviços de urgência de obstetrícia da Península de Setúbal. Dado que era uma gravidez de 31 semanas, pré-termo, houve necessidade de encaminhar a utente para um hospital com apoio perinatal diferenciado (neonatologia).

O Ministério da Saúde endereça condolências à família.