Dinis de Almeida não foi um capitão como outros. Não foi só um militar essencial do 25 de Abril, também foi dentista e psicólogo clínico e foi assim que até há pouco tempo marcou a vida no Bairro da Boavista, em Lisboa
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Ali encostado a Monsanto, o Bairro da Boavista, na freguesia de Benfica, continua orgulhoso a lembrar que é o bairro social mais antigo da Península Ibérica. É solidário e grato.
Salta à vista, logo à entrada do bairro, numa parede da Associação de Moradores, o desenho a cores vivas de um jovem com farda militar. É uma das últimas homenagens ao Capitão Dinis de Almeida, em 2024.
A própria sede da Associação de Moradores do bairro da Boavista lembra-se bem deste homem. Até ele ali chegar, com uma coluna militar que guiou desde a Figueira da Foz, era uma sede da Mocidade Portuguesa.
A Revolução deu então muitas voltas e Dinis de Almeida acabou por ser forçado a passar à reforma. Foi então que se lançou noutra revolução, esta à paisana. Estudou e formou-se para se tornar um pioneiro no tratamento de toxicodependentes e, para sempre, no dentista do bairro.
São graças a ele, ainda, muitos dos sorrisos que a TSF encontrou no Bairro da Boavista.