"Muito complicado." Incêndio em Ponte da Barca mobiliza mais de 400 operacionais e ameaça habitações
O presidente da Câmara de Ponte da Barca adianta que o fogo no Parque Nacional da Peneda-Gerês "piorou e está totalmente descontrolado", com "projeções por todo o lado" e "habitações ameaçadas"
Corpo do artigo
O presidente da Câmara de Ponte da Barca disse esta segunda-feira que o incêndio que começou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) "piorou e está totalmente descontrolado", com "projeções por todo o lado" e "habitações ameaçadas".
"Muito, muito, muito preocupante. A Estrada Nacional 203 voltou a ser encerrada. Temos situações muito preocupantes com focos de incêndio que ameaçam habitações. Estou muito preocupado. O fogo está totalmente descontrolado", afirmou Augusto Marinho.
O incêndio continua muito difícil. Temos projeções que nos abrem novas frentes. (...) Tem sido muito complicado.
Em declarações à TSF, o autarca social-democrata, que esta segunda-feira ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, disse temer que a situação piore durante a noite.
"Temos meios posicionados na tentativa de proteger pessoas e habitações. Ainda há pouco tivemos um foco de incêndio junto a um centro de dia. O fogo percorre zonas inacessíveis. Os meios aéreos são fundamentais e, por isso, com o anoitecer começo a ficar muito preocupado. O dispositivo terrestre está muito empenhado em ambos os lados da Serra Amarela, porque há habitações ameaçadas em vários pontos", destacou, já em declarações à agência Lusa.
Segundo Augusto Marinho, "os operacionais no terreno já demonstram muito cansaço", sendo "importante a sua rendição".
"Nesta altura todos os meios são necessários. Nesta altura, há uma dispersão muito grande de focos de incêndio o que torna o combate muito difícil, com reacendimentos constantes", frisou, destacando diversos lugares da União de freguesia de Entre-Ambos-os-Rios, Ermida, e Germil como "mais preocupantes".
O incêndio "já provocou prejuízos elevados, matando gado e consumindo anexos e alfaias agrícolas, entre outros", referiu, acrescentando que falou com o secretário de Estado da Proteção Civil que lhe "assegurou que todos os meios aéreos disponíveis estão alocados ao fogo de Ponte da Barca".
Às 17h30, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam mobilizados cinco meios aéreos, 403 operacionais e 126 viaturas.
