Pedro Nuno Santos vai propor viabilização do Orçamento do Estado à Comissão Política do PS
O anúncio foi feito pelo líder socialista na sede do partido
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Recusando ser "refém do Chega" — que já anunciou que irá votar contra o OE 2025 — o líder socialista sublinha que o PS apresentou apenas duas exigências para viabilizar o documento.
"Na direita ouvimos insultos e ameças...Numa palavra: irresponsabilidade! Perante um cenário destes, disponibilizámo-nos para (...) evitar uma crise política". Ainda assim, reforça, "não foi possível chegar a um acordo entre o PS e o Governo de AD".
Se após estas palavras iniciais, tudo apontava para um voto contra do PS, Pedro Nuno Santos esclarece que "há duas coisas" impossíveis de ignorar pelo partido: "Em primeiro lugar, que passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas. Em segundo lugar, um eventual chumbo do orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas, em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável."
"É por estas duas razões, e apenas por estas duas razões, que tomei a decisão de propor à Comissão Política Nacional do Partido Socialista a abstenção na votação do orçamento do estado para 2025", concluiu Pedro Nuno Santos.
"Este voto será para a votação na generalidade e para a votação final global", o que não significa que o PS não vá para a discussão do OE "com toda a liberdade", visto que "não chegou a acordo" com o Governo.
Os órgãos nacionais reúnem-se na próxima segunda-feira, logo após o Congresso do PSD marcado para este fim de semana. A abstenção do PS é o que basta para o OE 2025 ser viabilizado, cuja votação na generalidade está marcada para 31 de outubro.