"Número intolerável de vítimas civis." França e Espanha condenam ataque israelita a escola em Gaza
Paris sublinha que "o respeito pelo direito humanitário internacional é obrigatório para Israel"
Corpo do artigo
A França condenou "com toda a veemência" o ataque israelita deste sábado contra uma escola palestiniana na cidade de Gaza, que matou mais de cem pessoas e feriu outras 150, segundo dados do Hamas. Também o Governo espanhol criticou o mesmo ataque de Israel.
"Os edifícios escolares têm sido repetidamente atacados desde há várias semanas, com um número intolerável de vítimas civis", denunciou um comunicado do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
"O respeito pelo direito humanitário internacional é obrigatório para Israel", acrescenta-se no comunicado, que insistiu na posição francesa a favor da libertação dos reféns detidos pelo Hamas e de um cessar-fogo "imediato" em Gaza, tendo em conta a "emergência humanitária" no território.
"Exigimos mais uma vez o pleno cumprimento das medidas provisórias impostas pelo Tribunal Internacional de Justiça e a proteção da população civil", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, em comunicado.
Na nota, o Governo espanhol reitera a Israel e às milícias palestinianas do Hamas "que um acordo de cessar-fogo imediato é essencial para pôr fim a esta catástrofe humanitária e obter a libertação dos reféns".
Israel confirmou o ataque, mas questionou os números de vítimas apresentados pelas autoridades do enclave controlado pelo Hamas e afirmou que a escola se tinha tornado um centro de comando das milícias do Hamas.
O ataque ocorreu na escola de al-Tabain, na cidade de Gaza, e, segundo o Hamas, matou mais de 100 pessoas e feriu dezenas de outras, uma vez que foi perpetrado "diretamente sobre os deslocados enquanto estes faziam a oração da madrugada" na escola.
Um porta-voz militar israelita afirmou, todavia, que os números do Hamas "não coincidem" com o tipo de munições guiadas de precisão utilizadas no ataque.
O porta-voz acrescentou que a operação se justificava porque "cerca de 20 militantes do Hamas e da Jihad Islâmica, incluindo comandantes de alto nível, estavam a operar a partir do complexo visado na escola".
