Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha
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Subiu para 211 o número de vítimas mortais em Valência, Castela-La Mancha e Andaluzia, anunciou este sábado o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, admitindo uma situação "trágica e dramática". Já o ministro do Interior espanhol, por sua vez, antecipou que a tendência é para pior: "Infelizmente vamos ter mais mortes." Foi pedido este sábado um reforço de cinco mil militares para tarefas de resgate, limpeza e apoio às populações.
Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em espanhol e como DINA em português. As previsões para este sábado não são animadoras, esperando-se que continue a chover muito.
Segundo o El Mundo, foram registadas 202 mortes em Valência e outras cinco em Castela-La Mancha e Andaluzia. Ainda que sejam os números oficiais, este sábado de manhã Pedro Sánchez referiu que as autoridades já encontraram 211 cadáveres, nomeadamente em garagens, casas e estradas inundadas.
O número de desaparecidos não é conhecido, mas o Governo espanhol estima que sejam "dezenas e dezenas".
As vítimas mortais estão a ser identificadas graças a impressões digitais. Das 162 autópsias já realizadas, foi possível identificar 39 pessoas.
O presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, vai pedir o reforço de cinco mil militares para tarefas de resgate, limpeza e apoio às populações nas zonas mais afetadas pelo temporal que atingiu o leste de Espanha na terça-feira.
Com este reforço, que tem de ter agora resposta por parte do Governo de Espanha, aumentará para sete mil o número de militares no terreno, que são dos três ramos das Forças Armadas e da Unidade Militar de Emergências (UME), especializada em resposta em cenários de catástrofe.
A depressão DINA causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos de Espanha, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.
Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca) em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia em 1957, em que morreram entre 80 e 100 pessoas.
Notícia atualizada às 11h36