Israel declara António Guterres persona non grata. Nuno Melo admite novo repatriamento de cidadãos portugueses
Guterres "não merece pôr os pés em solo israelita". De Von der Leyen à Rússia, são vários os Estados, as organizações e os representantes internacionais que pedem a contenção do conflito. Contudo, Netanyahu já garantiu que irá atacar "os inimigos" que "cometeram o erro grave" de atacar o Estado israelita
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O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, liderará a sua primeira oração coletiva de sexta-feira desde 2020, em homenagem ao líder assassinado do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, num contexto de tensões devido ao ataque iraniano a Israel.
"O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, vai liderar a oração coletiva desta sexta-feira em Teerão, bem como a cerimónia de comemoração do porta-estandarte mártir da resistência Hassan Nasrallah na Mesquita Imam Khomeini", informou esta quarta-feira a principal autoridade política e religiosa do país num comunicado divulgado no seu site da Internet.
"A cerimónia realiza-se na véspera do primeiro aniversário da tomada da 'Tempestade de Al-Aqsa' pelos combatentes da resistência islâmica da Palestina", acrescentou o comunicado, referindo-se ao ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023.
A última vez que Khamenei liderou a oração coletiva de sexta-feira foi em 2020, após a morte de Qasem Soleimani, o antigo general responsável pela Força Quds dos Guardas da Revolução Iraniana (IRGC), morto pelos Estados Unidos no Iraque.
Nessa ocasião, Teerão atacou uma base norte-americana no Iraque como retaliação, mas não causou danos graves.
O Governo português instou esta quarta-feira Israel a "reconsiderar a decisão" de declarar o secretário-geral das Nações Unidas "persona non grata", que lamentou "profundamente", defendendo a "missão indispensável" de António Guterres para garantir o diálogo e a paz.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros lamenta profundamente a decisão do Governo de Israel de declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, 'persona non grata'", escreveu o ministério tutelado por Paulo Rangel, na rede social X.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reagiu esta quarta-feira às críticas de Israel sob a sua reação ao ataque do Irão, afirmando ter condenado implicitamente o regime iraniano numa declaração divulgada na noite de terça-feira.
"Tal como fiz em relação ao ataque iraniano de abril, e como deveria ter sido óbvio que fiz ontem [terça-feira] no contexto da condenação que expressei, condeno veementemente o ataque massivo com mísseis do Irão contra Israel", sublinhou Guterres durante uma reunião do Conselho de Segurança hoje realizada na ONU.
Guterres falava numa reunião de emergência convocada para discutir a situação no Líbano foi feita pouco depois de Israel o ter declarado persona non grata e ter proibido a sua entrada no país por não ter condenado o ataque iraniano.
A presidência italiana do G7 convocou, para a tarde desta quarta-feira, uma reunião de líderes para discutir o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque com mísseis do Irão contra Israel, anunciou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
"A Itália continuará a esforçar-se por encontrar uma solução diplomática, também na sua qualidade de presidente do G7 [as sete maiores economias mundiais]. Convoquei uma reunião de líderes para hoje à tarde [esta quarta-feira] à tarde, à luz do agravamento da situação no Médio Oriente", anunciou Meloni, na abertura de um Conselho de Ministros que decorre em Roma.
Israel anunciou esta quarta-feira a morte em combate de oito soldados no sul do Líbano, um dia depois de ter anunciado uma incursão terrestre no país vizinho.
As forças israelitas tinham anunciado anteriormente uma primeira baixa no sul do Líbano, mas acrescentaram agora mais sete soldados mortos depois de terem avisado as respetivas famílias.
O anúncio surge numa altura em que Israel envia mais tropas e artilharia para a zona fronteiriça, segundo a agência norte-americana AP.
Os países do G7 manifestaram esta quarta-feira "grande preocupação" com a escalada do conflito no Médio Oriente nas últimas horas, condenando de forma "firme" o ataque iraniano contra Israel, mas dizendo acreditar que "ainda é possível encontrar uma solução diplomática".
Em comunicado, o Governo italiano, na qualidade de presidência em exercício do grupo (que integra também Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido), aponta que, "na sequência do agravamento da crise no Médio Oriente, a primeira-ministra Giorgia Meloni convocou de urgência e presidiu esta tarde a uma conferência telefónica dos líderes do G7", durante a qual "foi reiterada a firme condenação do ataque iraniano contra Israel".
"Num cenário em constante evolução, foi acordado trabalhar em conjunto para promover uma redução das tensões regionais, começando pela aplicação da resolução 2735 em Gaza e da resolução 1701 para a estabilização da fronteira israelo-libanesa", lê-se na nota, em referência a duas resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
A breve nota emitida pelo Governo italiano acrescenta que, "manifestando grande preocupação com a escalada registada nas últimas horas, foi reiterado que um conflito à escala regional não é do interesse de ninguém e que ainda é possível encontrar uma solução diplomática".
Um soldado israelita foi morto em combate no sul do Líbano. A primeira baixa do lado de Israel desde que lançou uma invasão terrestre na madrugada de terça-feira, anunciou esta quarta-feira o exército do país.
O soldado, de 22 anos, era natural da cidade israelita de Modin, perto de Jerusalém, e liderava uma equipa da unidade Egoz do exército, confirmaram os militares de Israel, citados pela agência espanhola EFE.
O militar foi morto durante um confronto com elementos do grupo xiita libanês Hezbollah numa aldeia no sul do Líbano, segundo a imprensa israelita.
Esta é a primeira baixa militar israelita em solo libanês desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah, segundo a EFE.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou hoje ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, persona non grata no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.
"Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", disse Katz num comunicado.
Através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), David Lammy, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, revela que conversou com o homólogo israelense, Israel Katz, sobre o direito de Israel de assegurar "a segurança do seu povo". Por fim, declara que devem "encontrar uma via para acalmar o escalar do conflito e garantir o cessar-fogo no Líbano e em Gaza".
A Rússia apelou hoje a "todas as partes" envolvidas no conflito no Médio Oriente para mostrarem contenção e evitarem vítimas civis, na sequência dos ataques iranianos a Israel e dos bombardeamentos israelitas no Líbano.
Veja o vídeo: Israel diz que ataque do Irão começou. Mísseis chegam a Telavive
"A situação está a desenvolver-se da forma mais alarmante. Apelamos a todas as partes para terem contenção", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, acrescentando que Moscovo está em contacto com todos os intervenientes.
Este apelo tem sido repetido por vários Estados, organizações e representantes internacionais, como Portugal, Alemanha, as Nações Unidas e a presidente da Comissão Europeia, mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já garantiu que irá atacar "os inimigos" que "cometeram o erro grave" de atacar o Estado israelita.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, acusou hoje os Estados Unidos e "alguns países europeus" de serem "a principal causa" dos problemas no Médio Oriente.
"A principal causa dos problemas desta região, que provoca conflitos, guerras, preocupações e hostilidades, deriva da presença das mesmas pessoas que afirmam defender a paz e a tranquilidade na região. Ou seja, os Estados Unidos e alguns países europeus", afirmou.
Khamenei sublinhou que se estes países saírem da região, "sem dúvida que estes conflitos, guerras e confrontos terminarão".
"Os países da região governar-se-ão a si próprios, administrarão a região e viverão juntos em paz, bem-estar e prosperidade", sublinhou o líder iraniano.
Neste sentido, Khamenei afirmou que os Estados Unidos e os seus aliados "um dia provocam um país, provocam alguém como Saddam (Hussein) e surgem problemas e dificuldades", referindo-se à guerra entre o Iraque e o Irão entre 1980 e 1988.
"Após partirem, assim como os seus aliados, o amor entre os dois países é como uma procissão religiosa", argumentou o líder iraniano, assinalando os bons laços que existem hoje entre Teerão e Bagdad.
"O mesmo acontece com outros países. A presença daqueles que ameaçam a paz na região e mentem é a principal causa dos problemas", reiterou.
O Papa Francisco convocou para segunda-feira, dia 7 de outubro, uma jornada de oração e jejum pela paz no mundo, precisamente um ano depois do ataque do grupo islamita palestiniano Hamas contra Israel que desencadeou a guerra em Gaza.
Esta quarta-feira, na missa celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa convidou os católicos do mundo a participarem numa jornada de oração, jejum e penitência no dia 7 de outubro, frisando que a data em questão "transformou-se num símbolo do drama que se vive atualmente".
A missa desta quarta-feira inaugurou o Sínodo sobre o futuro da Igreja, encontro que vai reunir bispos de todo o mundo.
"Uma proclamação de paz é particularmente necessária nesta hora dramática da nossa história, quando os ventos da guerra continuam a devastar povos e nações inteiras", afirmou Francisco.
"Vamos dirigir-nos a uma súplica efusiva" pela paz, acrescentou o pontífice.
Uma infraestrutura de telecomunicações foi destruída por Israel, no sul de Beirute, segundo avançou esta quarta-feira um ministro do Governo libanês, que garante que o Executivo está a tentar "evitar a paralisação das comunicações".
O governante partilhou na rede social X, antigo Twitter, um vídeo onde é possível ver os danos causados à estação de transmissão de telemóveis.
"Condenamos veementemente este ataque e estamos a trabalhar arduamente para assegurar a prestação de serviços aos cidadãos e evitar a paralisação das comunicações", afirmou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou esta quarta-feira veementemente o ataque de mísseis balísticos do Irão contra Israel na noite passada, falando numa "ameaça à estabilidade regional", que "agrava uma situação já volátil".
"Condeno veementemente o ataque de mísseis balísticos lançado ontem pelo Irão contra Israel. Estas ações ameaçam a estabilidade regional e agravam as tensões numa situação já de si extremamente volátil", disse Ursula von der Leyen, numa declaração divulgada pelo executivo comunitário à imprensa em Bruxelas.
"Apelo a todas as partes para que protejam a vida de civis inocentes. A União Europeia continua a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns detidos há quase um ano", adiantou a responsável alemã.
O Governo do Irão confirmou esta quarta-feira o lançamento de 200 mísseis contra Israel num ataque lançado na noite de terça-feira, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
O Irão negou contactos com os Estados Unidos antes do ataque de terça-feira contra Israel, efetuados em resposta aos assassinatos dos líderes do Hamas e do Hezbollah, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.
Veja o vídeo: Israel diz que ataque do Irão começou. Mísseis chegam a Telavive
Abbas Araghchi disse, contudo, que Teerão comunicou com Washington após o disparo dos mísseis contra território israelita. "Antes do ataque, não houve qualquer troca de mensagens" com os Estados Unidos, disse à televisão estatal, referiu.
Os rebeldes iemenitas Houthis reivindicaram hoje o lançamento de três mísseis de cruzeiro contra Israel, que "atingiram com sucesso os seus objetivos", afirmando ainda que estão dispostos a realizar uma "operação conjunta contra o inimigo israelita".
"Em apoio do povo palestiniano e libanês (...), a unidade de mísseis das Forças Armadas do Iémen realizou uma operação militar contra instalações militares nas profundezas da entidade sionista na Palestina ocupada", declarou o porta-voz militar das operações militares do grupo, Yahya Sari, num comunicado publicado na rede social X.
Além disso, os Houthis reiteraram o seu apoio ao ataque com mísseis lançado na terça-feira pelo Irão contra Israel e disponibilizaram-se para se juntarem a "qualquer operação militar contra o inimigo israelita em apoio ao povo palestiniano e libanês e em resposta a qualquer agressão israelita nas frentes de apoio".
Espanha vai retirar do Líbano os espanhóis que queiram sair do país, numa operação da Força Aérea prevista para quinta-feira, anunciou hoje a ministra da Defesa, Margarita Robles.
Dois aviões militares estão preparados para sair para o Líbano na quinta-feira, para a retirada dos espanhóis que estão no país, afirmou a ministra, que ressalvou que a concretização da operação depende "da situação dos espaços aéreos", por haver vários países na região do Médio Oriente com espaços aéreos suspensos ou cortados. Margarita Robles sublinhou que a situação na região é de "máxima alerta".
O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, disse esta quarta-feira que o agravamento da situação militar no Médio Oriente poderá obrigar a um novo repatriamento de cidadãos portugueses, mostrando-se preocupado com o aumento da tensão naquela região.
"Os tempos são difíceis. A conjuntura geopolítica agrava-se. O conflito na Ucrânia não é uma novidade, mas também o agravamento da situação militar no Médio Oriente. O que ontem [terça-feira] aconteceu preocupa-nos muito. De resto poderá obrigar de novo ao repatriamento de vários cidadãos portugueses. O que sucede na Ucrânia, no Médio Oriente, em África, afeta-nos a todos", disse Nuno Melo.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou hoje os ataques iranianos de terça-feira contra Israel e alertou Teerão para o aumento de tensão, sublinhando a importância de um cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
"Os ataques com [cerca de 200] mísseis iranianos contra Israel devem ser condenados veementemente. A ameaça de uma nova escalada da já tensa situação no Médio Oriente é uma realidade. O Irão corre assim o risco de incendiar toda a região, o que deve ser evitado. O Hezbollah e o Irão devem cessar imediatamente os seus ataques contra Israel", disse o governante alemão, em comunicado.
Olaf Scholz acrescentou que somente graças às forças de defesa aérea israelitas e aos aliados foi possível repelir em grande parte o ataque do Irão. O chanceler garantiu que a Alemanha, juntamente com os seus parceiros, manterá esforços para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
O Irão atacou Israel, uma ação celebrada nas ruas de Beirute, como conta o jornalista Bruno Amaral de Carvalho em serviço especial para a TSF a partir do Líbano.
A polícia da Dinamarca disse hoje estar a investigar duas explosões esta madrugada no norte de Copenhaga, perto da embaixada de Israel na capital dinamarquesa, nas quais não houve vítimas.
"Esta noite ocorreram duas explosões perto da embaixada israelita. Lançámos uma extensa investigação e aumentámos a presença policial na zona", disse o vice-inspetor da polícia de Copenhaga, Jakob Hansen, em conferência de imprensa.
Numa mensagem anterior na rede social X (antigo Twitter), a polícia já tinha referido as explosões e que estava a ser investigada uma possível ligação à legação diplomática israelita.
"É claro que olhámos na direção da embaixada de Israel, que fica perto, mas é muito cedo para dizer se há uma ligação", disse Hansen. A polícia recusou comentar se houve danos materiais, o tipo de explosivos utilizados ou a força da explosão, apenas que ocorreu "de madrugada".
As forças de segurança isolaram a área e reforçaram a presença em redor da legação diplomática.
As forças israelitas atacaram hoje os subúrbios a sul de Beirute, adiantou uma fonte de segurança libanesa, pouco depois de novo apelo de Israel para a saída dos moradores da zona.
“Um ataque aéreo israelita teve como alvo os subúrbios a sul de Beirute”, referiu a fonte de segurança, que falou à agência France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.
Os correspondentes da AFP ouviram o som de uma explosão na zona, que Israel atingiu várias vezes desde a semana passada, afirmando ter como alvo locais do Hezbollah.
Também as Forças de Defesa de Israel destacaram na rede social Telegram que estavam a atingir “alvos terroristas” do movimento xiita Hezbollah em Beirute.
Israel anunciou hoje que vai enviar mais soldados para o sul do Líbano para "incursões controladas e limitadas" contra o movimento xiita libanês Hezbollah em curso desde domingo à noite.
De acordo com um comunicado, as forças israelitas indicaram que a Divisão 36, que incluiu brigadas blindadas e infantaria, vão juntar-se à ofensiva no sul do Líbano. Os militares no terreno vão receber apoio da Força Aérea e de artilharia de campanha.
Hoje, o exército israelita ordenou a evacuação de mais de 20 localidades no sul do Líbano. Segundo as Forças Armadas de Israel, as "incursões controladas" em território libanês têm como objetivo desmantelar as instalações do Hezbollah (Partido de Deus) no sul do Líbano.
Até ao momento desconhecem-se detalhes, através de fontes independentes, sobre eventuais confrontos diretos entre militares israelitas e as forças do Hezbollah.
A milícia xiita disse hoje que dispersou um grupo de soldados israelitas que se encontravam na localidade de Odaiseh, perto da fronteira com Israel, "causando baixas".
O movimento pró-iraniano também reclama ataques efetuados com foguetes de artilharia contra "uma grande força de infantaria" em Misgav Am, no norte de Israel, e tropas em três outras áreas ao longo da fronteira de Israel.
Israel não se pronunciou sobre os supostos confrontos.
A Organização da Aviação Civil iraniana prolongou o encerramento do espaço aéreo do país e a suspensão de voos até quinta-feira de manhã, após o ataque de mísseis que o Irão lançou contra Israel.
Veja o vídeo: Israel diz que ataque do Irão começou. Mísseis chegam a Telavive
"Todos os voos em todo o país serão cancelados até às 05h00 (02h30 em Lisboa) de quinta-feira, para garantir a segurança dos voos face à situação na região", anunciou o porta-voz da Organização de Aviação Civil iraniana, Jafar Yazerlu, informou a agência IRNA.
Na terça-feira à noite, o Irão tinha suspendido os voos até às 10h00 de hoje (07h30 em Lisboa), medida agora prorrogada face a uma possível retaliação israelita.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se esta terça-feira "extremamente preocupado" com a escalada do conflito no Líbano, apelando para um "cessar-fogo imediato" de todas as partes, para evitar uma "guerra em grande escala".
Guterres pediu respeito pela "soberania e integridade territorial" do Líbano, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, "condenou com a maior firmeza os novos ataques do Irão contra Israel" e disse que a França mobilizou "os seus recursos militares no Médio Oriente para combater a ameaça iraniana".
Num comunicado divulgado pela presidência francesa na terça-feira, após um conselho de defesa, Macron "solicitou ainda que se observe a maior vigilância e que sejam tomadas as medidas adequadas para prevenir as possíveis repercussões destes últimos desenvolvimentos no Médio Oriente no território nacional e garantir a segurança de todos".
O chefe de Estado "solicitou ainda que fossem tomadas todas as medidas necessárias" para apoiar os cidadãos franceses "e, se necessário, ir em seu auxílio", afirmou o Eliseu, sem referir uma possível retirada da região.
Macron pediu ao chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, que esteve na capital do Líbano, Beirute, há alguns dias, para "visitar novamente o Médio Oriente".
O Governo português condenou hoje "liminarmente os ataques do Irão a Israel e à sua população civil", destacando que "só a contenção de todas as partes pode evitar uma escalada de consequências imprevisíveis".
"O Governo português condena liminarmente os ataques do Irão a Israel e à sua população civil. O Irão deve cessar imediatamente as hostilidades. Só a contenção de todas as partes pode evitar uma escalada de consequências imprevisíveis", pode ler-se, numa nota na rede social X do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram à agência Efe que entraram "aproximadamente 180 projéteis" em território israelita durante o ataque do Irão, sem registo de vítimas até agora.
O Irão lançou um ataque em massa contra Israel, em resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque a Beirute, na sexta-feira, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque em Teerão, no final de julho.
A Guarda Revolucionária do Irão confirmou que executou o ataque, pouco depois das FDI terem informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.
"O regime iraniano não compreende a nossa determinação em nos defender e responsabilizar os nossos inimigos", frisou o governante, num discurso em vídeo.
"Há pessoas em Teerão que não compreendem isto. Vão compreender. Vamos cingir-nos ao que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós atacamos", garantiu Netanyahu.
Já o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sublinhou na rede social X que "o Irão não aprendeu a lição".
"Quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado", frisou.
Israel solicitou hoje à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano, com o seu embaixador no organismo, Danny Danon, a prometer responder ao ataque do Irão.
"O Irão vai sentir as consequências dos seus atos e vai ser doloroso", observou, depois de sublinhar que o Irão "mostrou ao mundo a sua verdadeira face: a de um Estado terrorista".
Estão em curso intensas consultas no Conselho de Segurança para convocar uma reunião de emergência que o Irão também solicitou no sábado, após a vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano, mas a reunião não se realizou, noticiou a agência Efe.
Danon pretende que tal reunião do Conselho termine "com uma condenação clara e inequívoca do Irão", enquanto por outro lado criticou o secretário-geral, António Guterres, pela sua reação dececionante pouco depois de tomar conhecimento do ataque iraniano contra Israel.
"Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada", quando recordou que neste caso um Estado-membro atacou outro Estado-membro com mísseis balísticos, o que não foi explicitamente condenado por Guterres.
A União Europeia (UE) frisou hoje que os ataques do Irão contra Israel constituem "uma séria ameaça" à segurança regional, alertando que a escalada corre o risco de ficar "fora de controlo", numa condenação acompanhada por vários países europeus.
"A UE condena nos termos mais veementes o ataque do Irão contra Israel. O perigoso ciclo de ataques e retaliações corre o risco de ficar fora de controlo. É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região. A UE continua plenamente empenhada em contribuir para evitar uma guerra regional", destacou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou-se na mesma linha, condenando "nos termos mais fortes" o ataque do Irão contra Israel, por ser "uma ameaça à segurança regional".
Michel lembrou ainda que a UE está pronta para "apoiar os esforços para acalmar e proteger as vidas dos civis".
Pouco antes, Peter Stano, porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), chefiado por Borrell, tinha alertado que as "sucessivas vagas de ataques e represálias alimentaram uma espiral de conflitos incontroláveis".
Stano destacou ainda que a UE "mantém contactos estreitos com todas as partes interessadas" na desescalada do conflito.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou, através da rede social X, o ataque do Irão, alertando que "aproxima a região do abismo".
Também o chefe do Governo da Áustria, o conservador Karl Nehammer, destacou no X: "Condenamos veementemente o lançamento de mísseis pelo Irão contra Israel e a sua população civil. Exigimos que o Irão cesse imediatamente as hostilidades contra o Estado de Israel e apoiamos a ação de Israel direito de se defender plenamente.
O primeiro-ministro checo, o conservador Petr Fiala, reafirmou, por sua vez, o apoio do seu país a Israel numa breve mensagem: "Estamos com Israel! Como sempre".
Já a ministra dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Luminita Odobescu, manifestou a solidariedade do seu país para com Israel e sublinhou o direito do Estado israelita de se defender contra estes ataques.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros croata também se juntou às condenações, qualificando o ataque de indiscriminado e destacando a necessidade de uma solução política para a crise atual.
Da Eslovénia, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Tanja Fajon, manifestou preocupação com a escalada na região: "Condeno firmemente a escalada do conflito no Médio Oriente com o ataque do Irão a Israel. O que vemos na região é uma escalada em vez de uma desescalada. Novos incêndios em vez de um cessar-fogo".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro também manifestou a sua condenação, destacando a necessidade de manter a estabilidade regional: "Condenamos veementemente os ataques com mísseis do Irão contra Israel e apoiamos a estabilidade regional e a segurança do Estado de Israel".
O ataque do Irão hoje contra Israel foi celebrado nas ruas de Beirute, onde se ouviram festejos no centro da capital e tiros em algumas áreas predominante xiitas dos subúrbios, como Dahieh, bastião do grupo libanês Hezbollah, apoiado por Teerão.
Ao escutarem as notícias do ataque com mísseis balísticos, reivindicado pela Guarda Revolucionária do Irão e confirmado pelas Forças Armadas israelitas, clientes de cafés no bairro Hamra, no centro de Beirute, irromperam em festejos nas esplanadas.
A Agência Nacional de Notícias libanesa relatou pelo seu lado disparos de metralhadoras e de armas pesadas no subúrbio sul de Dahieh e na zona adjacente de Tariq al Jadidah, onde habitantes expressaram "alegria pelos lançamentos de mísseis do Irão contra Israel".
Outros relatos em Beirute também deram conta de tiros de celebração em mais zonas de maioria xiita, escassos dias após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita executado na sexta-feira contra o quartel-general do grupo libanês em Beirute.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou ao exército norte-americano para ajudar as Forças de Defesa de Israel (FDI) a intercetar os mísseis disparados pelo Irão contra território israelita, indicou hoje a Casa Branca.
Numa breve declaração, a Casa Branca disse que Biden e a vice-presidente Kamala Harris estão reunidos com a equipa de segurança nacional na sala de situação da Casa Branca, onde estão a ser informados sobre os ataques iranianos.
Segundo a Casa Branca, Biden deu instruções aos militares norte-americanos para ajudarem a "defender" Israel dos ataques iranianos e abaterem os mísseis que caem em território israelita.
Na declaração, a Casa Branca disse que Biden e Harris se reuniram de manhã com a equipa de segurança nacional dos Estados Unidos para discutir os planos iranianos de ataque "iminente" de mísseis balísticos contra Israel.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, advertiu esta terça-feira que "haverá consequências" do ataque iraniano, que envolveu o lançamento de mísseis balísticos sobre Israel, mas intercetados pelo sistema de defesa antiaérea.
"Estamos em alerta máximo defensiva e ofensivamente, vamos proteger os cidadãos de Israel. Este disparo [de mísseis] terá consequências. Temos planos e atuaremos no momento e no local que escolhermos", disse o contra-almirante.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter intercetado um grande número de mísseis disparados pelo Irão contra o país, acrescentando ter detetado alguns "impactos" durante o ataque.
"Fizemos um grande número de interceções. Houve alguns impactos no centro e outros no sul do país", adiantou Daniel Hagari.
O exército israelita declarou que a população pode sair dos abrigos em todo o país, menos de uma hora depois do início do ataque do Irão contra Israel, que fez pelo menos dois feridos ligeiros em Telavive.
"Na sequência da avaliação da situação, foi decidido que é agora permitido sair dos espaços protegidos em todas as zonas do país. Solicitamos que o público continue a seguir as diretrizes do Comando da Frente Interna", anunciaram as Forças de Defesa de Israel (FDI), cerca das 20:35 locais (menos duas horas em Lisboa).
Segundo um balanço inicial dos serviços de emergência, o ataque causou dois feridos ligeiros.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu esta terça-feira que o país está preparado para defender os norte-americanos que vivem em Israel.
A Guarda Revolucionária do Irão anunciou esta terça-feira ter efetuado um ataque com mísseis contra Israel em represália pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.
"Em resposta ao martírio de Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados", declarou num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA.
Este anúncio surge depois de o exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.
De acordo com o exército israelita, soaram sirenes de alarme em todo o país.
Poucos minutos depois, as Forças de Defesa de Israel indicaram que sirenes estavam a soar em todo o país, e imagens televisivas mostravam, em direto, o sistema de defesa antiaérea israelita a visar alvos sobre os céus de Telavive.
A agência de notícias France-Presse (AFP) dá também conta de que estavam a ser intercetados dezenas de mísseis nos céus de Jerusalém.
A Missão Iraniana nas Nações Unidas consideram que o ataque do Irão a Israel é uma "resposta legal, racional e legítima ao terrorismo do regime sionista".
"A resposta legal, racional e legítima do Irão aos atos terroristas do regime sionista - que visavam cidadãos e interesses iranianos e infringiam a soberania nacional da República Islâmica do Irão - foi devidamente executada. Se o regime sionista se atrever a responder ou a cometer novos atos de malevolência, seguir-se-á uma resposta subsequente e esmagadora. Os Estados da região e os apoiantes dos sionistas são aconselhados a separar-se do regime", escreve a Missão Iraniana nas Nações Unidas no X.
O Irão disparou "mísseis contra Telavive", em Israel, informou hoje a agência noticiosa oficial IRNA, sem dar mais pormenores.
Este anúncio surge depois de o exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19h30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.
De acordo com o exército israelita, soaram sirenes de alarme em todo o país.
Poucos minutos depois, as Forças de Defesa de Israel indicaram que sirenes estavam a soar em todo o país, e imagens televisivas mostravam, em direto, o sistema de defesa antiaérea israelita a visar alvos sobre os céus de Telavive.
A agência de notícias France-Presse (AFP) dá também conta de que estavam a ser intercetados dezenas de mísseis nos céus de Jerusalém.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram esta terça-feira que o ataque iraniano que estava "iminente" já se iniciou, tendo as sirenes soado em várias cidades israelitas, incluindo Telavive.
"Há pouco tempo, foram lançados mísseis do Irão contra o Estado de Israel", divulgou o exército israelita pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa).
"Nos últimos minutos, o Comando da Frente Interna distribuiu instruções para salvar vidas em várias zonas do país. Pede-se ao público que siga as orientações do Comando da Frente Interna. Ao ouvir uma sirene, deve entrar num espaço protegido e aí permanecer até nova ordem", pediram as FDI, num comunicado.
O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, próximo do Hezbollah, apelou esta terça-feira à ONU a abertura de um corredor aéreo que permita a entrega de ajuda humanitária a cerca de um milhão de deslocados pelos ataques israelitas no país.
De acordo com um comunicado do seu gabinete de imprensa, Berri pediu às Nações Unidas para que "estabeleçam uma ponte aérea que assegure a entrega dos fornecimentos de ajuda humanitária".
As imagens que chegam em direto de Telavive mostram o céu da cidade iluminada pelos mísseis.
O Irão está a preparar um ataque com mísseis balísticos contra Israel, de acordo com um alto funcionário da Casa Branca, que alertou esta terça-feira para as “graves consequências” deste ato.
O funcionário, que falou sob condição de anonimato, disse que os EUA estão a apoiar os preparativos defensivos israelitas.
As declarações surgem após os militares israelitas terem avisado, esta terça-feira, a população para evacuarem várias comunidades fronteiriças libanesas, horas depois de terem anunciado o que disseram ser operações terrestres contra o Hezbollah.
Os meios de comunicação social do Irão ainda não avançaram qualquer notícia sobre o assunto.
O antigo secretário-geral adjunto da ONU Victor Ângelo considera que é difícil encontrar nesta altura uma solução para o conflito no Médio Oriente, assim como "ser otimista" em relação ao seu desenvolvimento e lamenta que o mundo esteja a assistir a um "conceito de segurança completamente ineficiente, ineficaz e dividido".
Em declarações à TSF, Victor Ângelo sublinha que este conflito é "problema existe há décadas" e que as Nações Unidas não têm tido a capacidade de resolver, por ser "difícil encontrar um consenso que permita uma solução para esta crise".
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, admite que dialogou com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sobre a invasão militar no Líbano, segundo escreveu na rede social X (antigo Twitter). No centro da discussão esteve os "desenvolvimentos na região norte" de Israel e a necessidade de garantir "o regresso seguro das comunidades às suas casas".
Gallant assegura que concordam em "desmantelar as infraestruturas de ataque ao longo da fronteira norte, para evitar ataques do Hezbollah contra cidadãos israelitas". Revela ainda que informou o responsável sobre "os ataques localizados e direcionados" realizados pelas Forças de Defesa de Israel para "degradar as capacidades ofensivas" do grupo xiita.
O porta-voz do Hezbollah, apesar de garantir que não houve, até agora, "confrontos diretos no terreno", afirma que os seus combatentes estão prontos para o combate "com as forças inimigas que ousem ou tentem entrar no Líbano para lhes infligir baixas".
O Governo de Espanha pediu hoje aos espanhóis que estão no Líbano para abandonarem o país e disse que o Médio Oriente está "à beira de uma guerra aberta".
"Instamos os espanhóis a abandonarem o país enquanto há voos comerciais, sobretudo aqueles que estão em trânsito no Líbano, por motivos de trabalho ou por turismo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jose Manuel Albares, numa conferência de imprensa em Madrid após a reunião semanal do Conselho de Ministros de Espanha.
Albares afirmou que há ainda voos comerciais para sair do Líbano, com o aeroporto de Beirute a continuar operacional, e afirmou que os espanhóis podem também deixar o país por via marítima, aproveitando as ligações à Turquia, Grécia e Chipre.
Assegurou ainda que Espanha tem também já preparado um plano de retirada de civis do Líbano para ser acionado quando for necessário.
"O que temíamos materializou-se." Assim começa o comunicado sobre a situação no Médio Oriente, assinado pela coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert. A guerra "não vai acabar bem para ninguém", garante, acrescentando que a "violência está a atingir níveis perigosos".
O Exército israelita avançou esta terça-feira que pretende continuar "a lutar para alcançar todos os objetivos da guerra" e se desloca agora "para norte" a fim de conduzir "operações limitadas, localizadas e direcionadas".
"Continuaremos a lutar para alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo o desmantelamento do Hamas, trazer os nossos reféns de volta para casa e restaurar a segurança no norte de Israel", declararam.
As companhias aéreas Lufthansa e Swiss prolongaram hoje a suspensão de voos para Beirute, no Líbano, devido à intensificação do conflito entre o Hezbollah e Israel, anunciaram as empresas alemã e suíça.
A Lufthansa anunciou hoje que vai prolongar a suspensão das suas ligações com Beirute até 30 de novembro, em vez de 26 de outubro inicialmente previsto, à medida que o conflito se intensifica no Líbano. A companhia aérea decidiu também prolongar a suspensão dos seus voos para Telavive, Israel, até 31 de outubro, segundo um comunicado de imprensa.
Também a companhia aérea suíça Swiss anunciou hoje o alargamento da suspensão dos seus voos para Beirute e Telavive. A companhia aérea Swiss decidiu suspender os voos de e para Telavive até 31 de outubro de 2024, inclusive, e todos os voos de e para Beirute serão cancelados até 30 de novembro de 2024, inclusive, indicou a companhia aérea num comunicado de imprensa.
Autoridades de diferentes países retiraram ou estão a retirar os seus cidadãos.
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O Hezbollah reclamou hoje um ataque com mísseis contra a sede da Mossad e outras instalações dos serviços de informações israelitas no centro de Israel "em retaliação" pelo assassinato de Hassan Nasrallah, líder do partido xiita libanês.
Através de um breve comunicado citado pela televisão Al Manar, o Hezbollah (Partido de Deus) afirmou que lançou vários mísseis Fadi-4 contra a base de Glilot, perto de Herzliya, no litoral israelita.
Em resposta ao ataque da aviação, o Hezbollah reclamou ter atacado hoje a base de Glilot, onde está instalada uma unidade que faz parte da estrutura de informações do Exército de Israel, além da sede da Mossad.
De acordo com o serviço de emergência médica Magen David Adom, duas pessoas ficaram feridas no ataque de hoje: um homem de 54 anos de idade e um outro de 31 anos, atingidos por estilhaços.
A missão de paz da ONU (UNIFIL) no Líbano avisou hoje que qualquer entrada de Israel no território libanês constituirá uma violação de soberania, adiantando ter sido notificada pelo exército israelita da "intenção de realizar incursões terrestres limitadas".
Embora a UNIFIL tenha adiantando que recebeu na segunda-feira um aviso sobre as intenções de Israel, a missão de paz garantiu que "não há, neste momento, qualquer incursão terrestre israelita" no Líbano.
A Amnistia Internacional defendeu hoje que o Governo português deve retirar a sua bandeira do navio "MV Kathrin", que transporta explosivos para Israel, para não ajudar na transferência desta carga.
"Como Estado de bandeira, Portugal não deve utilizar o seu navio para transferir os explosivos ou deve retirar a sua bandeira para não ajudar na transferência" desse armamento, sublinhou o comunicado da Amnistia Internacional.
O diretor-geral dos Médicos Sem Fronteiras Portugal, João Antunes, descreveu esta terça-feira uma "situação já preocupante" e "caótica" vivida no Líbano, "após ver aquilo que aconteceu em Gaza e que se poderá repetir no Líbano".
Em declarações à TSF, João Antunes afirma que os relatos que chegam dos profissionais de saúde no terreno dão conta de um "grande número de pessoas que tem saído das suas próprias casas à procura de algum abrigo seguro".
O exército libanês garantiu hoje que não se retirou da fronteira com Israel, apesar de terem sido divulgadas informações nesse sentido, explicando que está apenas a reposicionar-se face aos ataques "cada vez mais bárbaros" do "inimigo israelita".
"As unidades militares destacadas no sul estão a proceder a um reposicionamento de alguns pontos de observação avançados", até porque "o inimigo israelita está a realizar ataques cada vez mais bárbaros contra várias regiões libanesas", afirmou o exército numa publicação na rede social X.
Sublinhando que mantém a "cooperação e coordenação" com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano, o exército garantiu que as informações divulgadas por alguns meios de comunicação social sobre a retirada dos postos fronteiriços no sul "são imprecisas".
Foi ouvida uma explosão há minutos nos arredores de Telavive, em Israel, segundo a Reuters.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou hoje às Nações Unidas para prestarem ajuda a "um milhão" de deslocados na sequência dos ataques israelitas contra o Líbano.
Mikati sublinhou que o Líbano enfrenta uma das fases mais perigosas da história do país.
"Cerca de um milhão de pessoas estão deslocadas em consequência da guerra devastadora de Israel contra o Líbano", disse Mikati citado pela agência noticiosa oficial libanesa. "Estamos a lançar um apelo urgente para obter mais ajuda para os civis deslocados", sublinhou o primeiro-ministro, dirigindo-se diretamente às Nações Unidas.
Sobre as últimas movimentações israelitas, nomeadamente o arranque da operação militar "Setas do Norte", Ricardo Alexandre, editor de Internacional da TSF, considera que é importante definir o que é uma incursão militar "limitada" - designação utilizada pelo exército de Israel.
Israel começou esta noite a incursão terrestre no Líbano. O exército israelita confirma os ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah", no sul do Líbano. Na rede social X, as tropas israelitas garantem que a operação, batizada "Setas do Norte", vai continuar também com ataques aéreos.
O exército israelita diz que estão a ocorrer "combates intensos" com o Hezbollah no sul do Líbano, escreveu o porta-voz Avichay Adraee na rede social X.
"Estão a decorrer combates intensos no sul do Líbano, durante os quais os membros do Hezbollah estão a utilizar civis como escudos humanos para lançar ataques", lê-se ainda. Em nome da "segurança individual", pede aos cidadãos que não se desloquem de carro da zona norte para a zona sul do rio Litani.
Ricardo Alexandre sublinha também qual será a reação da comunidade internacional, já que se trata da invasão a um país soberano. O Líbano "é um Estado com problemas de estabilidade, com uma situação económica muito debilitada, mas não deixa de ser um Estado independente", afirma.
Um desses ataques da aviação israelita atingiu pelo menos um edifício, no campo de refugiados de Ein al-Hilweh, junto à cidade de Sídon, no sul do Líbano. A Al Jazeera dá conta de várias vítimas, sem, no entanto, avançar um número. Há pessoas ainda soterradas nos escombros e as equipas de socorro estão a ter dificuldades, devido às ruas muito estreitas do campo que abrigava cerca de 130 mil palestinianos. É o maior campo de refugiados no Líbano, conhecido mesmo como a capital dos refugiados palestinianos. Israel justifica o ataque, dizendo que tinha como alvo um líder terrorista.
Noutro ataque, no sul do Líbano, na cidade de Daoudiya, morreram pelo menos 10 pessoas.
O Líbano anunciou que só ontem os ataques israelitas mataram 95 pessoas e feriram 172. Porém, nas últimas duas semanas, o governo libanês contabiliza mil mortos e um milhão de deslocados.
