Sinistralidade: Brisa regista mais acidentes, mas menos mortes nas autoestradas entre 2019 e 2024
Aumentou a circulação e o número de acidentes nas estradas da Brisa, mas o número de vítimas mortais diminuiu
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A Brisa registou, entre 2019 e 2024, mais acidentes nas autoestradas concessionadas pela empresa, mas menos vítimas mortas e menos feridos graves. De acordo com os dados da sinistralidade divulgados esta quinta-feira, 14 pessoas morreram em 2024, contra 32 em 2019, o que corresponde a uma redução de quase 56%. O número de feridos graves passou de 102, em 2019, para 61, em 2024, uma diminuição de 40%.
"A taxa de sinistralidade reduziu substancialmente o ano passado", refere, em declarações à TSF, Teresa Nobre, diretora de Segurança e Saúde da Brisa. "A circulação tem aumentado continuamente, exceto nos anos da pandemia, por isso é que o nosso ano de referência é 2019", esclarece.
A redução de mais de 50% das mortes na estrada corresponde ao compromisso feito com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária: "Alinhamo-nos com a União europeia", afirma.
Relativamente ao indicador de feridos graves, passou de 102 pessoas, em 2019, para 61, em 2024, uma diminuição de 40%. Estes valores dizem respeito à sinistralidade nas 11 autoestradas concessionadas pela Brisa. Teresa Nobre destaca a A1 pela sua grande expressão nestas estatísticas, por ser a mais extensa.
Ainda assim, Teresa Nobre refere que estes números ainda não estão aquém das expectativas e que a ambição se prolonga até 2050. O objetivo é "ter zero vítimas mortais e zero feridos graves", assinala.
Apesar do objetivo estipulado para o ano de 2050, Teresa Nobre não descarta a possibilidade de acidentes, devido à presença "do erro humano", mas diz que o desafio é a adoção de comportamentos adequados por parte dos condutores, com vista a mitigar as consequências dos acidentes.
Sobre os "resultados positivos" adiantados pela empresa, Teresa Nobre refere que resultam de "todo o esforço que tem sido feito em investimento, em infraestruturas, em equipamentos, na proteção das estradas e nas campanhas de comunicação que têm sido feitas. O acompanhamento das autoridades tem produzido efeito e os números que registámos em 2024 demonstram que conseguimos reduzir a sinistralidade".
Ainda assim, recorda que estes valores ainda não satisfazem compromissos futuros: "Mesmo tendo uma descida na ordem dos 40% em matéria de vítimas mortais entre 2023 e 2024 e na ordem dos 20% dos feridos graves, não estamos, por exemplo, este ano, a assistir a uma tendência de contínua descida e isso preocupa-nos, ainda temos muitas vítimas mortais a lamentar e muitos feridos graves."
A diretora de Segurança e Saúde da concessionária das autoestradas Brisa diz estar atenta àquilo que ainda falta fazer "para aumentar a segurança" e para que se continuem a cumprir as medidas acordadas com a União Europeia, mas acrescenta que o fator decisivo é "comportamento dos condutores".
