O Ministério dos Negócios Estrangeiros aguarda autorização dos familiares para eventual divulgação da identidade deste cidadão nacional
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O Governo confirmou, esta quinta-feira, que um quarto cidadão português integrava a flotilha humanitária intercetada na noite passada pelas forças israelitas quando tentava chegar à Faixa de Gaza.
"Está confirmado um quarto cidadão português a integrar a flotilha, que seguia no barco 'Selvaggia'", confirmou à TSF fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O MNE, acrescentou, aguarda autorização dos familiares, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular, para eventual divulgação da identidade deste cidadão nacional.
A porta-voz do grupo italiano de ativistas participantes na ação humanitária “Global Sumud” (Resistência Global, em árabe), Maria Elena Delia, declarou esta quinta-feira que 39 navios da flotilha intercetados pelas Forças de Defesa de Israel, seguindo ainda para a Faixa de Gaza alguns navios mais pequenos, que devem ter o mesmo destino.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, as tripulações foram levadas para o porto de Ashdod e mantidas em centros de detenção específicos, onde poderão aceitar a expulsão voluntária imediata ou rejeitá-la e aguardar decisão judicial.
Entre os detidos encontram-se a deputada e líder bloquista, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte.
De acordo com um comunicado da diplomacia israelita divulgado através das redes sociais, os membros da flotilha humanitária que foram presos "estão seguros e de boa saúde".
O mesmo documento indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.
O primeiro-ministro disse hoje esperar que os cidadãos portugueses detidos por Israel possam regressar ao país "sem nenhum incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
A flotilha humanitária, composta por cerca de 50 embarcações (incluindo uma com bandeira portuguesa), partiu de Espanha no final de agosto com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar mantimentos à Faixa de Gaza, iniciativa rejeitada por Telavive que argumenta que a ação é apoiada pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
