PJ detém duas mulheres suspeitas: uma de seis fogos em Condeixa-a-Nova, a outra de cinco no concelho de Alvaiázere
"Desestabilização pessoal e familiar" e "instabilidade" estarão na origem destes atos
Corpo do artigo
Uma mulher de 47 anos foi detida na segunda-feira por ser suspeita da autoria de seis crimes de fogo florestal em Condeixa-a-Nova, revelou esta terça-feira a Polícia Judiciária. Segundo a PJ, a mulher terá ateado os fogos na quinta-feira e na sexta-feira, e no domingo e na segunda-feira, em Sebal e Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
"A suspeita, presumivelmente com uso de chama direta, ateou os incêndios na floresta, em zona com vasta mancha florestal, povoada com mato e pinheiro-bravo, confinante com a zona urbana, colocando em perigo a integridade física e a vida de pessoas, de habitações e da mancha florestal com centenas de hectares", explicou a PJ.
A mesma fonte disse que os incêndios acabaram por não assumir proporções mais gravosas devido à rápida e eficaz intervenção dos populares, dos bombeiros e meios aéreos.
"A detenção contou com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural do Centro e da GNR de Condeixa-a-Nova. A detida irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação", concluiu aquela polícia de investigação.
Fonte da Diretoria do Centro da PJ adiantou à agência Lusa que as motivações da arguida poderão estar relacionadas com um quadro de "desestabilização pessoal e familiar, e, porventura, associadas a um estado depressivo".
A mesma fonte afirmou que "a investigação suspeita que, no passado, possam já ter ocorridos atos" idênticos cometidos pela suspeita.
Ainda esta terça-feira, uma mulher de 33 anos, suspeita da prática de cinco crimes de incêndio florestal no concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, foi também detida, anunciou esta terça-feira a Polícia Judiciária.
Em comunicado, a PJ explicou que a arguida foi detida "pela presumível autoria de cinco crimes de incêndio florestal", dois na sexta-feira e três na segunda-feira, em Maçãs de Dona Maria.
Fonte da PJ disse à agência Lusa que a mulher, sem antecedentes criminais, terá atuado devido a uma situação de "instabilidade que lhe provoca um impulso que não consegue controlar e que a leva a cometer estes atos".
A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para eventual aplicação de outras medidas de coação.
