Portugal deu luz verde à utilização da Base das Lajes, Trump sugere que apoia mudança de regime no Irão e Teerão recomenda fecho do Estreito de Ormuz
O primeiro-ministro israelita elogiou a "decisão corajosa" dos EUA: "Primeiro vem a força, depois vem a paz." Já o secretário da Defesa dos Estados Unidos elogiou o "plano brilhante" de Trump e disse que os EUA "não querem entrar em guerra". O MNE iraniano acusou Trump de "trair a diplomacia". Acompanhe na TSF
Corpo do artigo
Três membros do Conselho de Segurança da ONU, China, Rússia e Paquistão, apresentaram um projeto de resolução pedindo "um cessar-fogo imediato e incondicional" entre o Irão, Israel e os Estados Unidos.
A informação foi divulgada pelo embaixador chinês junto da ONU, Fu Cong, ao Conselho de Segurança, que realizou hoje uma reunião de emergência na sequência dos ataques norte-americanos que visaram instalações nucleares iranianas.
Os três países são atualmente os principais aliados do Irão no Conselho e é altamente improvável que a resolução seja aprovada, dado o poder de veto dos Estados Unidos dentro do órgão.
Mesmo assim, a resolução - que ainda não tem data marcada para ser votada - utiliza uma linguagem diplomática porque apela, além de um cessar-fogo, à "proteção dos civis, ao respeito pela legalidade internacional e ao regresso ao diálogo e à negociação".
Fu Cong, tal como o embaixador russo, Vasili Nebenzia, condenou inequivocamente o bombardeamento norte-americano das centrais nucleares iranianas, posição que não foi assumida por nenhum dos países europeus com assento no Conselho (França, Reino Unido, Dinamarca, Eslovénia e Grécia).
O embaixador Vasili Nebenzia foi particularmente duro ao destacar "as declarações cínicas (dos outros países) sobre a sua disponibilidade para voltar à mesa das negociações, como se os ataques bombistas de alto calibre contra o Irão não tivessem ocorrido”.
“Hipocritamente, pintam o Irão como a parte que fez descarrilar o processo de negociação", disse.
- <p>O Ministério da Defesa revelou este domingo que os EUA pediram autorização prévia para usar a Base das Lajes, nos Açores, para o estacionamento ou trânsito de 12 aviões militares na passada quarta-feira, 18 de junho, sendo que Portugal acedeu ao pedido.</p>
- <p>O Parlamento iraniano recomendou este domingo o fecho do Estreito de Ormuz, cuja decisão final compete ao líder supremo da república islâmica, o ayatollah Ali Khamenei.</p>
- <p>O Conselho de Segurança da ONU esteve reunido de urgência para discutir situação no Médio Oriente.</p>
- <p>Trump sugere que apoia "mudança de regime" iraniano.</p>
- <p>Agência Internacional da Energia Atómica diz que "ninguém pode avaliar danos subterrâneos" na central Fordow, mas são visíveis "crateras".</p>
- <p>Bush era "estúpido", Trump "sabe como cumprir objetivos": número dois da Casa Branca, JD Vance, rejeita comparar ataque ao Irão com invasão do Iraque.</p>
- <p>Os ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares no Irão provocaram alguns feridos, mas nenhuma deles apresenta qualquer sinal de “contaminação radioativa”.</p>
- <p>O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou este domingo para o perigo de uma “espiral de retaliação" após os ataques dos EUA contra o Irão, que marcaram um “ponto de viragem perigoso” na região.</p>
- <p>"O jogo ainda não acabou" e as "surpresas vão continuar": Irão afirma que mantém reservas de urânio enriquecido.</p>
- <p>Um conselheiro do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, considerou hoje que “já não há lugar para os Estados Unidos” no Médio Oriente e ameaçou com ataques às bases usadas pela aviação norte-americana para bombardear instalações nucleares do Irão.</p>
- <p>Mais de 200 locais alvo de ataques em Teerão desde dia 13.</p>
O Presidente dos EUA, Donald Trump, questionou este domingo a razão pela qual não haverá uma mudança de regime no Irão.
"Não é politicamente correto usar o termo “mudança de regime”, mas se o atual regime iraniano é incapaz de tornar o Irão Grande de Novo, por que não haveria uma mudança de regime?", escreveu na plataforma Truth Social.
Ora, estas declarações chocam com a posição defendida pelo secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, que tinha afirmado durante a tarde deste domingo que a operação denominada "Midnight Hammer" não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.
O Presidente concluiu a mensagem com o acrónimo MIGA, referindo-se a "Make Iran Great Again", imitando o seu slogan de campanha "Make America Great Again".
Numa outra mensagem na mesma plataforma, afirmou que os danos nas instalações nucleares do Irão após o ataque de sábado à noite foram "monumentais".
"Os ataques foram fortes e precisos. O nosso exército demonstrou grande habilidade. Obrigado!", disse.
O Ministério da Defesa revelou este domingo que os EUA pediram autorização prévia para usar a Base das Lajes, nos Açores, para o estacionamento ou trânsito de 12 aviões militares na passada quarta-feira, 18 de junho, sendo que o país
"Ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA a utilização da Base das Lajes para o estacionamento ou trânsito de aviões militares está sujeito a autorização prévia do Estado português", explica o gabinete do ministro Nuno Melo, numa nota enviada às redações.
Portugal acedeu ao pedido dos norte-americanos, feito através de uma nota diplomática, para que 12 aviões reabastecedores pudessem utilizar a Base das Lajes. "Nessa notificação, é referido que a missão das aeronaves é apoiar a Força Naval norte-americana no Atlântico", adianta.
O Ministério da Defesa garante que este é um "procedimento habitual" e ressalva que não estão em causa "meios aéreos ofensivos, mas tão só de aeronaves de reabastecimento".
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Dorothy Shea, defende os ataques norte-americanos a três instalações nucleares iranianas. No Conselho de Segurança da ONU afirma que "chegou, finalmente, o momento de os EUA, em defesa do seu aliado" e dos seus "próprios cidadãos e interesses, atuarem de forma decisiva".
"O regime iraniano não pode ter uma arma nuclear", diz.
Avisa, ainda, que o Irão "não deve entrar numa escalada bélica" e, recuperando o discurso do Presidente Donald Trump ao mundo, garante que "qualquer ataque iraniano direto ou indireto contra americanos ou bases americanas será alvo de uma retaliação devastadora".
Aponta por isso que para que o Conselho de Segurança da ONU possa cumprir a sua "missão fundamental" de manter a "paz e a segurança internacional" deve exigir ao regime iraniano "que ponha fim aos seus 47 anos de esforços para erradicar o Estado de Israel".
Pede igualmente o fim da busca de "armas nucleares" por parte do Irão, e que "negoceie a paz "de boa-fé"
Mais se esclarece que não passam meios de combate norte-americanos pela Base das Lajes há mais de um mês. Além desta notificação, emitida pelas vias regulares e adequadas, não houve mais nenhum contacto por parte das autoridades dos EUA.
Na nota enviada, é ainda explicado que Portugal concede "autorizações especificas, trimestrais ou permanentes de sobrevoo e aterragem, não apenas aos EUA, mas a muito outros países". Por norma, os pedidos são feitos com 72 horas de antecedência, mas devido à "imprevisibilidade de algumas missões", este período pode ser menor.
O Governo brasileiro condenou este domingo o ataque dos Estados Unidos contra o Irão, falando numa "violação da soberania do país e do direito internacional". Alertou ainda para "danos irreversíveis" com a escalada militar no Médio Oriente e sem uma "solução diplomática".
Dentro de duas semanas, o Brasil vai sediar a cúpula do Brics, onde vão estar reunidas potências militares como a China e a Rússia, que já se condenaram os ataques contra o Irão, ordenados pelo Presidente americano, Donald Trump.
O Governo brasileiro assinalou agora "a urgente necessidade de solução diplomática" para evitar "danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear". O Presidente Lula, habitualmente crítico das políticas de Trump, ainda não se manifestou pessoalmente sobre o ataque americano contra as instalações nucleares iranianas
O diretor da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, apresentou ao Conselho de Segurança da ONU uma atualização da informação recolhida sobre o que se passou nas três instalações nucleares iranianas após os ataques norte-americanos, Fordow, Isfahan e Natanz.
"Os ataques armados contra instalações nucleares nunca devem ocorrer (porque) podem levar a fugas radioativas com consequências graves", afirmou o argentino Rafael Grossi, numa reunião de emergência a decorrer no Conselho de Segurança da ONU.
Em Fordow adiantou que "são visíveis crateras nas instalações". "A principal fábrica do Irão para o enriquecimento de urânio a 60% foi atingida por bombas de penetração no solo, o que é consistente com as declarações dos Estados Unidos", afirmou Grossi, acrescentando que, neste momento, ninguém, incluindo a AIEA, está em posição de "avaliar os danos subterrâneos" deste local.
Em Isfahan, "foram atingidos edifícios com mísseis de cruzeiro". Os edifícios afetados incluem alguns relacionados "com o processo de conversão de urânio", e "as entradas dos túneis utilizados para o armazenamento de material enriquecido parecem ter sido atingidas".
Já em Natanz, avança que a instalação de enriquecimento de combustível "foi novamente atingida", tendo os EUA confirmado que utilizaram "munições de penetração no solo".
O Irão informou Grossi de que não se verificou qualquer aumento dos níveis de radiação na vizinhança das três instalações atacadas.
Grossi acrescentou que convocou uma sessão especial do Conselho de Governadores da AIEA para amanhã, em Viena.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou este domingo que o seu país "ficou mais perto" dos objetivos que traçou para o Irão, após os bombardeamentos da aviação norte-americana na última madrugada contra instalações nucleares iranianas.
"Já conquistámos muito e, graças ao Presidente [norte-americano, Donald] Trump, estamos mais perto de atingir os nossos objetivos", declarou Netanyahu numa conferência de imprensa sobre a ofensiva iniciada por Israel a 13 de junho no Irão, justificada pela criação iminente de uma bomba nuclear, o que é refutado por Teerão.
O primeiro-ministro afirmou que Israel não vai prolongar a operação militar no Irão "além do necessário", mas também não a vai encerrar antes de atingir os seus objetivos.
Quando atingirmos [os objetivos], não continuaremos a atividade para além do necessário. Mas também não a encerraremos prematuramente.
Netanyahu disse que um dia contará as conversas com Trump, que designou como seu amigo, que têm "detalhes muito interessantes" e que, a par dos dois serviços de informações (norte-americano e israelita), resultaram em "golpes muito duros" para o Irão.
O chefe do Governo israelita já tinha dedicado este domingo uma oração no Muro das Lamentações, em Jerusalém, ao líder da Casa Branca, após os raides noturnos dos bombardeiros dos Estados Unidos no Irão, a que se seguiu uma nova campanha de ataques de Israel na República Islâmica.
Os ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares no Irão provocaram alguns feridos, mas nenhuma deles apresenta qualquer sinal de “contaminação radioativa”, revelou este domingo o Ministério da Saúde iraniano.
"Nenhum dos feridos transferidos (para centros médicos) após os ataques americanos mostrou qualquer sinal de contaminação radioativa", escreveu o porta-voz do Ministério da Saúde na rede social X, sem especificar o número de pessoas hospitalizadas.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) também já tinha avançado que, até ao momento, “não foi registado qualquer aumento dos níveis de radiação” no exterior das três instalações nucleares atacadas.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou este domingo para o perigo de um “espiral de retaliação" após os ataques dos EUA contra o Irão, que marcaram um “ponto de viragem perigoso” na região.
"Tenho condenado repetidamente qualquer escalada militar no Médio Oriente. Os povos da região não podem ser sujeitos a um novo ciclo de destruição. E, apesar de tudo, corremos o risco de mergulhar numa espiral de retaliação após retaliação", afirmou numa reunião de emergência do Conselho de Segurança.
Para este cenário, argumentou, a "diplomacia deve prevalecer", pedindo o regresso às negociações sobre o programa nuclear iraniano.
António Guterres sublinhou ainda os pedidos anteriores para "uma oportunidade à paz", mas lamenta que este apelo não tenha sido atendido. Pede agora aos Estados-membros para agirem com “razão, contenção e urgência”.
O secretário-geral da ONU toma a palavra para abordar o envolvimento dos EUA no conflito do Médio Oriente. António Guterres pede que "não se abandone a paz".
Um conselheiro do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, considerou hoje que “já não há lugar para os Estados Unidos” no Médio Oriente e ameaçou com ataques às bases usadas pela aviação norte-americana para bombardear instalações nucleares do Irão.
"Qualquer país na região ou em qualquer outro lugar utilizado pelas forças norte-americanas para atacar o Irão será considerado um alvo legítimo para as nossas Forças Armadas", declarou Ali Akbar Velayati, citado pela agência noticiosa oficial IRNA.
O conselheiro de Ali Khamenei considerou que "já não há lugar para os Estados Unidos ou para as suas bases nesta região e no mundo islâmico", após os ataques que visaram o programa nuclear iraniano.
"Os Estados Unidos atacaram o coração do mundo islâmico e devem esperar consequências irreparáveis, porque a República Islâmica não tolera quaisquer insultos ou agressões contra ela", advertiu.
Um conselheiro do líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou este domingo que o Irão ainda possui reservas de urânio enriquecido, apesar dos ataques dos Estados Unidos contra as suas principais instalações nucleares.
"Mesmo que as instalações nucleares sejam destruídas, o jogo ainda não acabou, os materiais enriquecidos, o saber-fazer autóctone e a vontade política permanecem", afirmou Ali Shamkhani na rede social X.
“A iniciativa política e operacional está agora nas mãos daqueles que atuam de forma inteligente e evitam ataques indiscriminados. As surpresas vão continuar", afirmou.
Os líderes de França, Alemanha e Reino Unido apelaram hoje ao Irão para que evite qualquer ação que possa desestabilizar ainda mais o Médio Oriente, na sequência dos ataques norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.
O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também apelou à contenção, à diplomacia e à cooperação internacional.
Numa declaração conjunta Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Keir Starmer apelaram "ao Irão para que se envolva em negociações que conduzam a um acordo que responda a todas as preocupações sobre o seu programa nuclear. Estamos prontos para contribuir para esse objetivo, em coordenação com todas as partes".
Citados pela agência AFP, o Presidente de França, o chanceler alemão e o primeiro-ministro britânico garantem que vão manter esforços diplomáticos conjuntos “para aliviar as tensões e evitar uma escalada ou alastramento do conflito”.
Na sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países tinham-se reunido com o homólogo iraniano, numa tentativa de relançar o processo negocial, mas a iniciativa foi prontamente desvalorizada por Donald Trump.
O vice-presidente dos Estados Unidos insistiu este domingo na mensagem do Presidente norte-americano de que o país não está em guerra com o Irão e disse que a situação não é comparável à invasão do Iraque em 2003.
"Não estamos em guerra com o Irão. Estamos em guerra com o programa nuclear iraniano", disse JD Vance em entrevista à NBC, repetindo uma posição já marcada por Donald Trump.
O vice-presidente enfatizou que os Estados Unidos não têm intenção de "enviar tropas para o solo" e alertou que o Irão enfrentará uma "força esmagadora" se atacar militares americanos na região.
Vance distanciou o ataque ordenado pelo Presidente Donald Trump da guerra do Iraque, lançada pelo então Presidente republicano George W. Bush, em 2003.
Mais de 200 locais em Teerão foram alvo de ataques israelitas desde o início da guerra, a 13 de junho, afirmou hoje o governador da capital iraniana.
"Mais de 200 locais foram atacados pelo regime sionista usurpador", disse o governador, Mohammad Sadegh Motamedian, à televisão estatal, acrescentando que mais de 120 casas foram "completamente destruídas" e outras 500 sofreram "danos".
O conflito entre Israel e Irão começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar um ataque sem precedentes contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.
O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou este domingo à "contenção e urgência" de ver retomadas as vias diplomáticas no conflito do Médio Oriente, depois de os EUA terem atacado três instalações nucleares iranianas.
"Em sintonia com o Governo e na linha do Secretário Geral das Nações Unidas, bem como da União Europeia e outros parceiros, sublinha a gravidade da situação, apela à contenção e à urgência de retomar a via diplomática para a resolução do conflito", lê-se numa nota publicada na Presidência da República.
O Exército israelita reclama uma nova série de incursões de aviões caça que atingiram dezenas de alvos iranianos, incluindo uma base de mísseis de longo alcance no centro do território.
A diferença é que naquela época tínhamos um Presidente estúpido e agora temos um que sabe como atingir os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos.
Trump, que fez campanha contra a intervenção militar, tem sido alvo de críticas dentro do seu próprio movimento político sobre o conflito com o Irão. Alguns consideram a situação atual semelhante à Guerra do Iraque, que começou sob o falso pretexto de que o país possuía armas de destruição em massa.
Os EUA estão "dispostos" a negociar com o Irão o programa nuclear civil do país, declarou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
"O regime iraniano deveria reagir e dizer: 'Se realmente queremos energia nuclear no nosso país, há uma maneira de fazê-lo.' Essa oferta continua de pé; estamos dispostos a conversar com eles amanhã [segunda-feira]", disse Rubio à Fox News.
"Em última análise, eles têm de tomar uma decisão. É uma decisão muito simples: se o que querem são reatores nucleares para ter eletricidade, há muitos outros países no mundo que o fazem e não precisam de enriquecer o seu próprio urânio", acrescentou Rubio.
O chefe da diplomacia garantiu que Washington não está à procura de uma guerra com Teerão, nem de uma mudança de regime no Irão, mas avisou a república islâmica que retaliar "será o pior erro que cometerá".
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, admitiu este domingo "claros impactos" nas instalações nucleares iranianas de Fordo, Natanz, que foi arrasada, e Isfahan, que está praticamente inoperacional.
Os EUA descarregaram toneladas de bombas sobre estas três zonas num ataque sem precedentes contra a república islâmica.
"Há indícios claros de impactos, mas não podemos dizer nada sobre os danos nas instalações subterrâneas", disse Grossi à CNN sobre as instalações de Fordo, protegidas por uma montanha de rocha perfurada esta manhã por "pelo menos duas bombas MOP de alta penetração", a primeira vez que foram utilizadas em combate, segundo os Estados Unidos.
Segundo o responsável da agência de energia atómica da ONU, não se pode excluir que tenham ocorrido danos significativos nestas instalações nucleares subterrâneas.
"Em Natanz, todas as instalações de superfície foram completamente destruídas", afirmou Grossi, referindo que a cidade tem estado sob ataque preventivo israelita há vários dias.
As instalações subterrâneas parecem ter "sofrido muitos danos" devido aos cortes de energia provocados pelos bombardeamentos, disse.
A instalação nuclear de Esfahan, atingida por mísseis Tomahawk americanos nas últimas horas, também sofreu "danos significativos", acrescentou.
O diretor-geral da AIEA reiterou ainda que, embora a sua organização tenha lamentado a falta de informação fornecida pelo Irão nos últimos meses sobre o seu programa nuclear, também não dispunha dos elementos necessários "para demonstrar que planeava desenvolver uma arma nuclear", como afirmam os Estados Unidos e Israel.
Na manhã deste domingo, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha referido que "não houve aumento nos níveis de radiação fora do local" após os ataques aéreos dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas.
O Irão aviou este domingo que está pronto a recorrer a "todos os meios necessários" para defender o país, após os ataques sem precedentes dos EUA às suas instalações nucleares.
“O Irão está resolutamente determinado a defender a sua soberania nacional, a sua integridade territorial, a sua segurança nacional e o seu povo por todos os meios necessários”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baqaei, condenando o que descreveu como um “ato de agressão inconsciente - perpetrado por um Estado com armas nucleares... contra um país sem armas nucleares”.
O secretário da Defesa norte-americano disse este domingo que os Estados Unidos "não pretendem entrar em guerra" com o Irão, mas avisou que vão agir "rápida e decisivamente" caso os interesses dos EUA sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação. Já o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, referiu que a operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como "isco".
A missão, denominado 'Operation Midnight Hammer' (Operação Martelo da Meia-Noite) visou bombardeamentos a três grandes instalações do programa nuclear iraniano e não encontrou resistência iraniana, afirmaram Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Caine, numa conferência de imprensa conjunta no Pentágono para explicar a operação de sábado à noite.
A missão, segundo o líder do Pentágono, não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.
O Conselho de Segurança da ONU reúne-se este domingo de urgência após os ataques dos EUA ao Irão. A informação é avançada pela agência France-Press, que cita o Presidente iraniano.
A companhia aérea britânica British Airways cancelou este domingo as suas rotas de Londres para Doha (Catar) o Dubai (Emiratos Árabes Unidos), após o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irão.
"Como resultado dos recentes acontecimentos, ajustámos o nosso horário de voos para salvaguardar a segurança dos nossos clientes e funcionários, que é sempre a nossa prioridade", disse um porta-voz da companhia aérea em comunicado enviado à EFE.
Neste momento, os voos cancelados incluem todas as viagens programadas para partir do aeroporto de Heathrow, em Londres, este domingo, e os seus voos de regresso.
O porta-voz da companhia aérea acrescentou que está a monitorizar a situação e "a contactar os clientes para os informar das opções possíveis à medida que esta situação se desenvolve".
Como contrapartida, a British Airways está a oferecer uma política de reserva flexível aos clientes que reservaram serviços para Doha e Dubai entre este domingo e 24 de junho, que poderão alterar gratuitamente o seu bilhete para um voo posterior até 6 de julho.
De acordo com os meios de comunicação britânicos, a medida surge depois de um voo da British Airways de Londres para o Dubai ter sido desviado para Zurique (Suíça) no passado sábado à noite.
O Parlamento iraniano recomendou este domingo o fecho do Estreito de Ormuz, cuja decisão final compete ao líder supremo da república islâmica, o ayatollah Ali Khamenei.
Reunida após o envolvimento militar dos Estados Unidos na ofensiva desencadeada por Israel contra o Irão, atacando instalações nucleares do país, a Assembleia Consultiva Islâmica, o parlamento iraniano, recomendou o encerramento daquele que é um dos principais corredores comerciais e económicos do mundo.
A decisão ainda precisa de ser ratificada por outros órgãos iranianos, incluindo o Conselho Supremo de Segurança Nacional, segundo explicou um deputado e general iraniano ouvido pela agência espanhola EFE.
Em conferência de imprensa, o secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, afirma que o ataque dos EUA contra três instalações nucleares iranianas foram “um esmagador sucesso” e adianta que os norte-americanos “devastaram” o programa nuclear iraniano.
“As ambições nucleares do Irão foram destruídas”, garante, sublinhando que “o Irão não pode ter uma bomba nuclear”.
Pete Hegseth acrescenta que o ataque dos EUA não atingiu alvos militares ou o povo iraniano. Deixa ainda vários elogios a Donald Trump, destacando o plano "brilhante" e a visão “corajosa” do Presidente norte-americano. Muitos Presidentes sonharam dar o golpe final no programa nuclear iraniano. Ninguém o conseguiu até ao Presidente Trump”, atira.
O secretário da Defesa diz ainda que a “dissuasão americana está de volta” e assegura que “quando o Presidente fala, o mundo vai ouvir”.
“Esta não é antiga administração. Trump procura a paz e o Irão deve seguir esse caminho”, refere.
Alemanha, França e Espanha manifestaram preocupação com a escalada no conflito entre Israel e o Irão, após os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, pedindo negociação e contenção às partes envolvidas.
A Alemanha exortou hoje o Irão a retomar as negociações com os Estados Unidos, após os ataques norte-americanos a instalações nucleares, estimando que danificaram "grande parte do programa iraniano".
"O chanceler Friedrich Merz reiterou o apelo ao Irão para iniciar imediatamente negociações com os Estados Unidos, por forma a encontrar uma solução diplomática para o conflito", declarou, em comunicado, o porta-voz do Governo alemão, na sequência de uma reunião sobre o assunto.
França pediu contenção, por forma a evitar "qualquer escalada que possa conduzir a uma ampliação do conflito" e reafirmou a vontade de contribuir, juntamente com seus os parceiros, para uma "solução negociada".
A primeira reação pública oficial de Paris, após os ataques perpetrados esta noite contra três sedes do programa nuclear iraniano, chegou pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, que sublinhou numa mensagem na rede social X que França "não participou nestes golpes, nem na sua planificação".
"França está convencida de que a solução duradoura desta questão passa por uma solução negociada, no âmbito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", disse Barrot.
O Governo de Espanha expressou a máxima preocupação com a situação no Médio Oriente e defendeu a via diplomática."É urgente parar a violência e voltar às negociações", afirmou o Governo, em comunicado divulgado pelo Ministério dos Assuntos Exteriores, no qual se faz um apelo "para a contenção e para o respeito pelo direito internacional".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se este domingo preocupado com o risco de “grave escalada” no Médio Oriente e apelou para a “máxima contenção de todas as partes” e ao regresso às negociações com o objetivo de encontrar uma “solução diplomática”.
Numa publicação na rede social X, o chefe do executivo português considerou que “o programa nuclear do Irão é uma séria ameaça à segurança mundial, pelo que não pode prosseguir”.
O Livre questionou este domingo o primeiro-ministro sobre a intensificação da utilização da Base das Lajes, nos Açores, pela Força Aérea norte-americana, e pediu ao Governo que se oponha ao objetivo da NATO de investir 5% do PIB em Defesa.
Numa pergunta dirigida ao chefe do executivo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro, a bancada do Livre pretende saber se o Governo foi informado do propósito da utilização da Base das Lajes, no arquipélago dos Açores, por parte da Força Aérea norte-americana, que nos últimos dias intensificou a sua presença com mais de uma dezena de aeronaves reabastecedoras no local.
Dado o atual contexto de tensão no Médio Oriente, o Livre pergunta se o Governo português pode garantir que os aviões dos EUA que passaram por aquela base “não foram utilizados para atacar o Irão ou de outro modo auxiliar tal ataque, ao arrepio do Direito Internacional”.
Na pergunta, assinada pela líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes, o Livre pretende saber se o executivo nacional foi “informado antecipadamente” dos ataques dos EUA ao Irão – que na noite de sábado bombardearam as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano – e que posição pretende tomar relativamente a estes ataques, “tanto a nível nacional como junto dos parceiros europeus”.
O Papa Leão XIV lamentou este domingo, no final da oração semanal do Angelus, no Vaticano, as "notícias alarmantes vindas do Médio Oriente" e realçou que "a humanidade clama por paz", pedindo diplomacia para "silenciar as armas".
Na sequência dos últimos acontecimentos na região, com os Estados Unidos a entrarem na ofensiva militar conduzida por Israel contra o Irão, o Papa vincou: "Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de acabar com a tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável.”
A presidente da Comissão Europeia afirmou este domingo que o Irão deve comprometer-se com "uma solução diplomática credível" para "pôr fim a esta crise", na sequência do bombardeamento dos EUA a instalações nucleares iranianas.
Ursula von der Leyen alertou para a nova escalada de tensões no Médio Oriente causada pelo bombardeamento dos Estados Unidos da América às principais instalações nucleares iranianas.
"Chegou o momento de o Irão se comprometer com uma solução diplomática credível. A mesa de negociações é o único lugar para acabar com esta crise", afirmou a presidente da Comissão Europeia numa mensagem nas redes sociais.
Von der Leyen acrescentou que "o Irão nunca deve adquirir a bomba" e que "com as tensões no Médio Oriente num novo ponto alto, a estabilidade deve ser a prioridade".
A responsável reforçou que o "respeito pelo direito internacional é fundamental".
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou este domingo para que o Irão "regresse à mesa das negociações", na sequência dos ataques dos Estados Unidos contra as instalações nucleares de Teerão, sobre os quais foram informados.
"O Irão nunca deve ser autorizado a desenvolver uma arma nuclear e os Estados Unidos tomaram medidas para mitigar esta ameaça", afirmou Starmer na X, sublinhando que "a estabilidade na região é uma prioridade".
"Apelamos ao Irão para que regresse à mesa das negociações e encontre uma solução diplomática para pôr fim a esta crise", acrescentou.
O Reino Unido "não esteve envolvido nestes ataques", afirmou o Secretário do Comércio britânico, Jonathan Reynolds, na Sky News.
Washington "não pediu" ajuda para esta operação, acrescentou.
O ministro do Comércio do Reino Unido, Jonathan Reynolds, disse à Sky News que o Governo britânico foi informado com antecedência sobre o ataque dos EUA.
"Fomos informados, como seria de esperar de um aliado fundamental, desta ação", disse.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros reagiu aos apelos da União Europeia e Londres para voltar ao diálogo afirmando que os Estados Unidos e Israel "decidiram fazer explodir" a diplomacia ao bombardearem o Irão.
"Estávamos a negociar (sobre o programa nuclear iraniano) com os Estados Unidos quando Israel decidiu fazer explodir essa diplomacia", afirmou Abbas Araghchi, através da plataforma X e depois em declarações em Istambul, acrescentando que, depois, quando estavam em diálogo com países da União Europeia - referindo-se às negociações em Genebra esta semana -, "os Estados Unidos decidiram, por sua vez, trair a diplomacia".
"O mundo não deve esquecer que foram os EUA que traíram a diplomacia, a meio de um processo para forjar uma solução diplomática", disse.
O Iraque alerta que os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas "ameaçam a paz e a estabilidade" no Médio Oriente.
"O Iraque expressa a sua profunda preocupação e firme condenação pelo ataque a instalações nucleares no Irão", disse o porta-voz do governo, Basim Alawadi.
Esta escalada militar constitui uma grave ameaça à paz e à segurança no Médio Oriente e representa sérios riscos à estabilidade regional
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE) apelou este domingo para que Portugal condene o "plano de Trump e Netanyahu" para dominar o Médio Oriente, insistindo que o Governo deve impedir a utilização da Base das Lajes pelos EUA.
Já conhecemos outras guerras preventivas, baseadas em ameaças inventadas. O plano de Trump e Netanyahu para dominarem o Médio Oriente é ilegal e terá consequências terríveis no mundo
Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, a maioria sem gravidade, pelo impacto de quase 30 mísseis disparados do Irão contra o centro e norte de Israel, após o ataque dos EUA contra as suas instalações nucleares.
O serviço de ambulâncias de Israel confirmou que um homem de 30 anos ficou consideravelmente ferido pelo impacto da explosão e que outras 15 pessoas ficaram feridas sem gravidade, após as explosões em Telavive, Nes Tziona e Haifa, escreve a EFE.
O secretário-geral do PCP recusou no sábado à noite que Portugal volte a ficar "com as mãos manchadas" e a ser "cúmplice da guerra" com a utilização da Base Aérea das Lajes, nos Açores, pelos norte-americanos.
"Perante os aviões norte-americanos que se estão a instalar na Base das Lajes é bom que não se repita a triste figura que aconteceu aquando do Iraque", defendeu o líder comunista, Paulo Raimundo, ao intervir numa sessão pública em Beja.
O dirigente aludiu ao período da guerra do Iraque quando, alegou, que Portugal e em concreto a Base das Lajes acolheram "a reunião da vergonha, a reunião da mentira, a reunião da hipocrisia [que]teve como consequência milhões de mortos".
No sábado, em comunicado, o PCP exigiu ao Governo português um "pronto e urgente esclarecimento" sobre a utilização da Base Aérea das Lajes, nos Açores, pela Força Aérea norte-americana, rejeitando a sua eventual utilização "na escalada de agressão contra o Irão".
A bomba utilizada pelos EUA, a GBU-57, tem 14 toneladas e 6 metros de comprimento. A sigla MOP (Massive Ordnance Penetrator) significa “penetrador massivo de artilharia”. É, possivelmente, uma das armas não nucleares mais potentes que existe. Tem um custo estimado de 3,5 milhões de dólares por unidade. Sabe-se que pode chegar a 60 metros de profundidade, mas as instalações nucleares de Fordow estariam a 90 metros de profundidade.
Resta saber se o facto de terem sido utilizadas várias bombas "obliterou", como afirma Trump, o centro nevrálgico do enriquecimento nuclear iraniano.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, apela a um regresso às negociações após o ataque dos EUA contra instalações nucleares iranianas.
"Apelo a todas as partes a darem um passo atrás e a regressarem à mesa de negociações para evitar qualquer escalada adicional", escreveu na rede social X. Kallas acrescenta que o Irão "não deveria desenvolver armas nucleares", descrevendo essa possibilidade como “uma ameaça à segurança internacional”,
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE vão discutir a situação esta segunda-feira.
Três ataque cirúrgicos que, alegadamente, “obliteraram” a capacidade iraniana de enriquecer urânio. Os EUA afastaram-se da diplomacia e deram uma decisiva mãozinha na guerra contra o Irão.
A Arábia Saudita manifestou este domingo a sua "grande preocupação" na sequência dos ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares importantes no Irão.
O reino está "a seguir com grande preocupação os acontecimentos na República Islâmica do Irão, com o ataque às instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos", afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros saudita num comunicado publicado no X.
O conselheiro do presidente do Parlamento iraniano, Mahdi Mohammadi, assegura que o Irão tinha antecipado o ataque dos EUA à instalação nuclear de Fordow.
Os Estados Unidos entraram no conflito do Médio Oriente ao atacar três instalações nucleares iranianas.
Recorde aqui tudo o que aconteceu no sábado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano disse este domingo que os Estados Unidos lançaram uma “guerra perigosa” contra o Irão, depois dos ataques norte-americanos a três instalações nucleares do país.
“Agora, ao completar a cadeia de violações e crimes cometidos pelo regime sionista, os Estados Unidos lançaram uma guerra perigosa contra o Irão”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano em comunicado.
Os ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas demonstram que os Estados Unidos não se deterão perante "nada" para apoiar Israel na sua guerra contra o Irão, adiantou.
"É agora muito claro para todos que o regime que goza de estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança não respeita qualquer princípio ou moralidade e não se coíbe de qualquer ilegalidade ou crime para servir os objetivos de um regime de ocupação genocida", afirmou o ministério, referindo-se aos Estados Unidos e depois a Israel.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, regressa à principal reunião da Aliança Atlântica quatro anos depois de ameaçar abandonar a organização político-militar, que quer apaziguar Washington com investimento reforçado e partilha de encargos.
No seu primeiro mandato, o republicano ameaçou em várias ocasiões que os Estados Unidos da América (EUA) poderiam deixar a NATO, alegando que havia uma discrepância entre a contribuição dos EUA para a organização político-militar e os restantes países que a compõem.
A saída de Washington da Aliança Atlântica não é facilmente realizável. Em 2025, foi aprovado o Ato de Autorização de Defesa Nacional, que obriga a uma maioria de dois terços do Senado dos EUA para concretizar a saída da NATO ou ser autorizada através do Congresso.
No entanto, as declarações de Trump podem causar prejuízos reais à organização que está a tentar reenquadrar-se e reequipar-se face à incerteza geopolítica internacional e voltar a “morte cerebral” preconizada em 2019 pelo Presidente de França, Emmanuel Macron, e que ecoou pelo quartel-general em Bruxelas.
Congressistas republicanos e democratas condenaram este sábado o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irão, confirmado pelo Presidente Donald Trump, denunciando que a decisão foi inconstitucional e deveria ter passado pelo Congresso.
“Isto não é constitucional”, escreveu nas redes sociais o congressista republicano Thomas Massie, citando a mensagem em que Trump anunciou o ataque.
O democrata Jim Himes lembrou que congressistas como ele devem ter uma palavra a dizer sobre estes assuntos “antes de as bombas caírem”, algo que a sua colega de partido Alexandria Ocasio-Cortez reiterou, dizendo que “a decisão desastrosa do Presidente de bombardear o Irão sem autorização é uma violação grosseira da Constituição e dos poderes de guerra do Congresso”.
Sean Casten, também representante do Partido Democrata, disse que independentemente “dos méritos do programa nuclear do Irão”, nem Trump nem qualquer outro presidente dos Estados Unidos tem autoridade “para bombardear outro país que não representa uma ameaça iminente para os Estados Unidos”.
“Isto constitui um crime inequívoco que justifica a destituição”, defendeu Casten.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) informou hoje que até agora “não houve aumento nos níveis de radiação fora do local” após os ataques aéreos dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas.
O organismo de vigilância nuclear da ONU sedeado em Viena enviou hoje a mensagem através da rede social X.
“A AIEA pode confirmar que, até agora, não se registou qualquer aumento dos níveis de radiação fora das instalações”, afirmou. A AIEA fornecerá mais avaliações sobre a situação no Irão à medida que mais informações estiverem disponíveis".
As autoridades iranianas responsáveis pela segurança nuclear também anunciaram que não detetaram "qualquer sinal de contaminação" junto às três instalações nucleares visadas pelos ataques aéreos norte-americanos.
"Não foi detetado qualquer sinal de contaminação (...), pelo que não existe qualquer perigo para as pessoas que vivem nas imediações das instalações" de Fordo, Natanz e Isfahan, declarou o Centro Nacional do Sistema de Segurança Nuclear, que faz parte da Organização da Energia Atómica do Irão.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araqchi, afirmou esta madrugada que o Irão se reserva “todas as opções” para se defender, após o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares de Fordo, Isfahan e Natanz, que, segundo ele, “terá consequências duradouras”.
“De acordo com a Carta das Nações Unidas e as suas disposições, que permitem uma resposta legítima em legítima defesa, o Irão reserva-se todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo”, afirmou Araqchi na rede social X.
O Irão disparou esta manhã 30 mísseis contra Israel, segundo a televisão estatal iraniana. "De acordo com fontes, foram disparados 30 mísseis" do Irão contra Israel, o seu inimigo declarado, disse um apresentador da televisão iraniana.
As sirenes de ataque aéreo foram ativadas esta manhã em Jerusalém e outras partes do centro e norte de Israel, em reação ao lançamento de uma série de mísseis pelo Irão, três dezenas, segundo a televisão iraniana.
Os alarmes foram acionados poucas horas depois de os Estados Unidos se terem juntado à ofensiva de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações do programa nuclear iraniano.
Às 07h42 locais (04h42) as sirenes soaram em Jerusalém, onde foram observadas interceções de mísseis no céu e se ouviram explosões durante minutos.
“Atualmente, a Força Aérea de Israel (IAF) está a operar para intercetar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça”, confirmou o exército israelita em comunicado.
O movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, condenou a “agressão criminosa” dos Estados Unidos contra o seu aliado iraniano, na sequência do ataque americano a várias instalações nucleares em Teerão.
As autoridades iranianas afirmam que "não há perigo" para os residentes da cidade de Qom, a sul de Teerão, na sequência do ataque dos Estados Unidos a uma instalação de enriquecimento nuclear situada nas proximidades, enterrada numa montanha.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou este domingo que o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irão "ameaça" a paz e a segurança em todo o mundo e apelou a que o mundo evite entrar numa "espiral de caos".
O Presidente dos EUA reforça o "espetacular sucesso militar" dos ataques levados a cabo em três instalações nucleares iranianas, que diz estarem "totalmente destruídas".
“O nosso objetivo era a destruição da capacidade de enriquecimento nuclear do Irão e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo Estado patrocinador número 1 do terrorismo no mundo”, atira.
O chefe de Estado norte-americano apelida ainda o Irão de "bully" do Médio Oriente e afirma que o país deve "fazer a paz", caso contrário, irão deparar-se com uma "tragédia" que irá muito além daquela que está a ocorrer.
A Organização Iraniana de Energia Atómica afirma que as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan foram “atacadas por inimigos [do Irão] num ato bárbaro que violou o direito internacional, especialmente o Tratado de Não Proliferação Nuclear”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu a "decisão corajosa" de Donald Trump e garantiu que a história vai recordar os atos do Presidente norte-americano como essenciais para travar "uma das armas mais perigosas".
O líder dos democratas na Câmara dos Representantes repreendeu Donald Trump após os ataques aéreos dos EUA ao Irão, acusando o Presidente de empurrar o país para a guerra.
O The New York Times avançou este sábado que o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, estava na Turquia durante os ataques norte-americanos ao país.
Israel elevou o nível de alerta em todo o país: agora apenas são permitidas as chamadas "atividades essenciais" até nova ordem, na sequência do ataque dos EUA ao Irão, de acordo com um comunicado do exército.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, manteve conversações com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de os militares norte-americanos terem bombardeado três instalações nucleares iranianas, anunciou um alto funcionário da Casa Branca.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirma que o Irão “deve agora concordar em acabar” com a guerra com Israel, depois de os Estados Unidos terem bombardeado várias instalações nucleares iranianas.
O antigo ministro da Defesa israelita Yoav Gallant considera os ataques às instalações nucleares do Irão uma “decisão corajosa” do Presidente dos EUA.
