Extrema-direita europeia reúne-se pela primeira vez para formar grupo Patriotas pela Europa

Os Patriotas pela Europa reúnem-se, esta segunda-feira, pela primeira vez. O encontro do novo grupo europeu, anunciado por Viktor Orbán na semana passada, vai ser presidido pelo Chega.

O terceiro grupo da extrema-direita europeia já conseguiu o número mínimo de eurodeputados para formar uma família no Parlamento Europeu. São precisos 23 eurodeputados de sete países. Além do Chega, de Portugal, e dos fundadores, os austríacos do Partido da Liberdade, existe também o ANO da República Checa, liderado pelo ex-primeiro-ministro Andrej Babi, e o Fidesz húngaro. Também o Partido Holandês da Liberdade, do primeiro-ministro Geert Wilders, os espanhóis do Vox e o Partido Popular Dinamarquês anunciaram que o partido belga se iria também juntar e, assim, terem mais do que sete países. Tudo somado, os patriotas já garantiram 42 parlamentares de oito países.

A União Nacional, de Marine Le Pen, também estará presente na reunião. O anúncio foi feito pelos patriotas europeus nas redes sociais. As negociações já duravam há vários dias. Com a saída do partido de Le Pen do grupo Identidade e Democracia e a entrada para a nova família europeia, os patriotas europeus ultrapassam os 70 eurodeputados.

Também Matteo Salvini, da Lega, pondera aderir ao novo grupo europeu. O italiano saudou o aparecimento dos Patriotas pela Europa, mas ainda não disse se tenciona juntar-se ao grupo de Orbán.

Se italianos e franceses se juntarem à família do Chega, os Patriotas pela Europa chegam aos 80 eurodeputados e convertem-se no terceiro maior grupo do Parlamento Europeu, causando dano aos Conservadores e Reformistas de onde vêm, por exemplo, o VOX e a Identidade e Democracia, onde até agora militava o partido de André Ventura

A reunião em Bruxelas, dirigida por Tanger Corrêa, tem início marcado para as 15h00 desta segunda-feira.