"Retirámos os cães todos. Animais ficaram completamente sem comida." Após incêndio, Medelim precisa de quase tudo
O incêndio que passou por Idanha-a-Nova na semana passada destruiu um abrigo de animais e a casa de um casal inglês. Os cães e gatos vão ser entregues a famílias de acolhimento, mas "não chega". Outros animais, como vacas e cavalos, ficaram "completamente sem comida. Não há pasto". A Junta de Freguesia pede ajuda
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A Junta de Freguesia de Medelim, em Idanha-a-Nova, está a organizar uma recolha de fundos para ajudar a população a superar as consequências do incêndio que passou pela região na semana passada. O caso mais crítico é o de um casal inglês, que viram o abrigo de animais que dirigiam ficar completamente destruído pelas chamas.
Kelly e Adrian mudaram-se para Portugal há dez anos com um único propósito: ajudar os animais de rua, resgatando-os. Na madrugada de 28 para 29 de julho em Idanha-a-Nova, onde vivem, viram o abrigo de animais que dirigiam ficar completamente destruído pelas chamas.
Ouvida pela TSF, a presidente da Junta de Freguesia de Medelim, Filipa Fonseca, explicou que o incêndio deflagrou "muito rápido" e o "vento forte" não ajudou no combate. "Tivemos de retirar os cães todos. Trouxemo-los todos para a aldeia", contou, sublinhando que também conseguiram salvar a vida de gatos.
Depois de resgatados, o movimento Muda Idanha e o projeto Alimentar- Resgatar-Cuidar-Amar (ARCA) juntaram-se para arranjar famílias de acolhimento para os 23 cães mais dez gatos da quinta do casal, acrescentou Filipa Fonseca.
Além dos animais domésticos, outros de grande porte, como cavalos e vacas, levaram com as consequências do incêndio: "Ficaram completamente sem comida. Não há pasto." Por isso, neste momento toda a toda a ajuda é bem-vinda, nomeadamente com a alimentação dos animais.
De momento já não precisamos de mais roupa. O que realmente precisamos agora é de apoio material, de construção e comida para animais. (...) Temos algum apoio, mas não chega.
Quem quiser ajudar pode entrar em contacto com a junta de freguesia de Medelim, em Idanha-a-Nova. Filipa Fonseca sublinhou ainda que tem sido “comovente” a onda solidária que se formou depois do incêndio: “A Kelly tem sentido o apoio enorme da comunidade. Eles têm sido incansáveis. As pessoas têm ajudado ao máximo, uniram-se para ajudar mesmo nas limpezas e a dar a casa enquanto não arranjam uma habitação.”
