Pedro Nuno demarca-se de Montenegro e divulga documentos da polémica: escrituras, contratos e até um despacho do TC
Pedro Nuno Santos já publicou os documentos sobre as casas de Lisboa e Montemor-o-Novo, como prometeu na quarta-feira
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A decisão serve para Pedro Nuno Santos demarcar-se de Luís Montenegro, envolvido no caso Spinumviva. São disponibilizados, no site da candidatura, nove documentos, como contratos-promessa de compra e venda, ou notificações das Finanças sobre o pagamento do IMI. Escreve Pedro Nuno Santos que “quem não deve, não teme” e “as denúncias são anónimas, mas a verdade é pública”.
Certo é que este caso remonta há ano e meio, altura em que Pedro Nuno Santos já deu explicações. Com base nos documentos, confirma-se o secretário-geral do PS e a mulher comparam duas casas: uma em Lisboa no valor de 740 mil euros e outra em Montemor-o-Novo por 570 mil euros.
Para ambas foi pedido um crédito à habitação, mas o empréstimo para a casa de Lisboa foi, entretanto, pago. Pedro Nuno Santos revelou que a dívida foi liquidada com a venda da sua primeira na freguesia de Santa Isabel, junto à Assembleia da República. O imóvel foi comprado em 2004 por 245 mil euros, com a ajuda dos pais. A venda consumou-se em 2019, por 485 mil euros.
Entre os documentos, Pedro Nuno Santos junta ainda o despacho do Tribunal Constitucional que arquiva a queixa do Chega por possíveis incompatibilidades no Governo. Em causa, a atribuição de fundos comunitárias à empresa do pai do socialista, que o tribunal conclui não ter existido “qualquer situação de impedimento legal”. Consta ainda o contrato de doação de ações da empresa Tecmacal, que Pedro Nuno Santos transmitiu ao pai, por altura da polémica.
O PS disponibiliza também as notícias e os direitos de resposta de Pedro Nuno Santos sobre estes casos. E, por último, os socialistas deixam um apelo aos eleitores: em letras maiúsculas escrevem “não se deixe enganar”.