Sociedade

Polémica à volta de SMS enviada pela EMEL é "absurda" para Medina

Gonçalo Villaverde / Global Imagens

Autarca de Lisboa garante que vão ser utilizados "todas as bases de dados" à disposição para situações como a tempestade Leslie.

O presidente da Câmara de Lisboa considerou esta terça-feira "absurdo" o debate sobre a mensagem enviada pela EMEL sobre os riscos da tempestade Leslie, vincando que serão utilizadas "todas as bases de dados" à disposição para prevenir situações como esta.

"Tenho assistido com uma imensa perplexidade ao absurdo deste debate sobre o envio ou não envio de mensagens pela EMEL. Absurdo, absurdo é ouvir responsáveis da Proteção Civil do país a dizerem que não emitiram mensagens para as populações afetadas porque o protocolo com a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) só lhes permite enviar mensagens em caso de fogos rurais", vincou Fernando Medina (PS) durante a sessão plenária de hoje da Assembleia Municipal.

"Eu quero reagir de forma muito clara e muito afirmativa contra tudo o que tenho visto de perfeito e absoluto disparate na opinião pública", insistiu o chefe do executivo camarário, após a questão ter sido levantada pelos eleitos do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa.

Fernando Medina garantiu que, "em qualquer circunstância análoga", o município usará "todas as bases de dados" que tiver disponíveis para que se cumpra a sua "principal missão, que é proteger a cidade de Lisboa".

"Só não fazemos sinais de fumo porque seria contraproducente", ironizou.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa referiu também que recebeu "um relato bizarro de que a Comissão Nacional de Proteção de Dados se preparava para fazer uma notificação à câmara", acrescentando que, para a próxima, "vai convidá-los para assistir à noite dentro da sala de operações, que é para depois não ficarem sem perceber o que é a realidade de uma cidade que tem de se confrontar com uma ameaça como a que teve de se confrontar".

O chefe do executivo da capital agradeceu ainda a todos os que colaboraram para prevenir a ameaça de furacão e sublinhou que a cidade teve a "sorte" do seu lado, não tendo acontecido aquilo que se temia.

Lusa