Depois de várias salas cheias em Lisboa, a ópera de Verdi rumou a norte. Resultado? O Coliseu do Porto esgotou. O espetáculo está marcado para as 20h00, este sábado.
O espetáculo é do Teatro Nacional de São Carlos em co-produção com o Coliseu do Porto e traz até ao norte do país duas vozes recentemente premiadas no mundo da Ópera. O tenor Luís Gomes e a soprano italo-americana Marina Costa-Jackson venceram o "Operalia" e trabalharam de perto com Plácido Domingo, a quem a soprano apelida de "o tenor".
Para Luís Gomes, as salas cheias em Lisboa e no Porto são a prova de que em Portugal há muito interesse pela ópera. Por isso mesmo, diz a soprano que se estreia no nosso país "como só há uma récita, vamos dar tudo o que temos, vai ser um grande espetáculo".
Certo é que não houve muitos ensaios. Com muitos compromissos em carteira, a soprano acaba de aterrar em Portugal e até sábado à noite há tempo para "dois ou três ensaios gerais".
Quanto aos prémios Operália, que a italo-americana Marina Costa-Jackson venceu em 2016 e Luís Gomes este ano, a soprano sublinha a importância da distinção dizendo que "Plácido Domingo é um homem que consegue fazer de tudo, com muitas coisas para ensinar". Os finalistas da iniciativa têm a oportunidade de trabalhar durante algum tempo com o mestre e restam poucas dúvidas que se trata a mais importante distinção no mundo da ópera. E até o tenor português que nem há três meses ganhou o prémio, já sente os efeitos do galardão. "Abriram-se portas graças ao Operália", diz.
Quanto ao enredo da ópera, trata-se de uma tragédia que gira em redor do amor impossível entre Violeta Valery e Alfredo Germont. Uma tragédia também para quem quer bilhetes e não os tem. Já não há. Esgotaram.