O líder parlamentar do PS sublinha que os presidentes dos grupos parlamentares - por não pertencerem a comissões - não têm direitos a ajudas de custos.
Carlos César considera que situações como a do deputado do PSD José Silvano - que terá recebido ajudas de custo em dias em que não esteve presente no parlamento - "penalizam a imagem da Assembleia da República e dos seus deputados" e aproveita para sublinha que os presidentes dos grupos parlamentares (como é o seu caso) não recebem esses apoios.
"Pode-se dizer que há uma situação em que uns recebem ajudas de custo e não trabalharam e outros recebem e trabalham, os presidentes dos grupos parlamentares, por exemplo. Eu estive segunda, terça, hoje e amanhã na Assembleia da República, mas como não tenho comissões por ser presidente do grupo parlamentar não tenho onde assinar", disse o presidente do PS durante o programa Almoços Grátis da TSF.
O Presidente do PS faz notar ainda que "o comportamento de um deputado não é medido pelo tempo que está sentado no plenário" e que "a legitimidade que a todos [os deputados] assiste é a mesma, mas as vocações e a preparação de cada um não é a mesma".
Sobre o mesmo caso, Luís Montenegro defende que "quer a notícia, quer os seus desenvolvimentos não são uma questão que seja brilhante para o afirmar da posição política do PSD".
O social-democrata acredita que a situação cria, mais uma vez, "uma cortina de fumo, um ruído que não deixa que o essencial da mensagem política do PSD se possa afirmar - num caminho que é um caminho de aproximação de dois atos eleitorais nacionais relevantíssimos, que são as eleições europeias e as legislativas."
*Com Anselmo Crespo