Os "coletes amarelos" prometem bloquear 1100 estradas em França, num protesto contra o aumento do preço dos combustíveis.
Em França surgiu um novo movimento. Chama-se "coletes amarelos" e vão bloquear no próximo sábado 1100 estradas do território francês. Uma manifestação contra os sucessivos aumentos do preço de combustível que também se vai estender à Bélgica e Suíça.
O ministro do interior francês dirigiu-se esta terça-feira aos franceses e pediu que não houvesse um bloqueio total nas estradas.
"Não toleramos nenhum bloqueio total!".Este foi o claro aviso do ministro interior francês, Christophe Castaner, dirigido aos milhares de manifestantes que prometem vão bloquear 1100 estradas francesas, este sábado.
"Vamos intervir em todo o lado onde houver bloqueios, portanto um risco para as intervenções de segurança, mas também para a livre-circulação. São cidadãos, cidadãos que hoje, com uma opinião discutível, decidem manifestar-se, mas são cidadãos que também sabem que a liberdade dos cidadãos em circularem (nas estradas) é essencial".
Sébastien Fevrier foi um dos primeiros a juntar-se ao movimento de cidadãos e reage às declarações do ministro do interior, "isto é o que ele conta e no que acredita, mas se ouvir os franceses o bloqueio vai acontecer, e vai acontecer até que nos façamos ouvir", defendeu.
A quatro dias da grande mobilização dos coletes amarelos para protestar contra o aumento do preço dos combustíveis, os apelos ao bloqueio de sábado multiplicam-se. Sebastien Fevrier esclarece que este movimento não conta com qualquer apoio de sindicatos ou de partidos.
"Não há política associada ao movimento. Este bloqueio e movimento não tem nada de política é mesmo para mostrar um descontentamento geral. Não é uma manifestação organizada com organizadores. Na verdade é uma manifestação do povo que mostra que não está satisfeito", disse.
Os apelos ao bloqueio para paralisar o país multiplicaram-se nas últimas semanas nas redes sociais para serem ouvidos pelo governo de Emmanuel Macron.