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Primeiro-ministro francês diz que o país "não é uma anarquia"

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Édouard Philippe avisou que aceita manifestações, mas não a anarquia, depois de mais de quatrocentas pessoas terem ficado feridas e uma ter morrido na sequência dos protestos.

Depois de o país assistir a um musculado protesto pela descida do imposto sobre os combustíveis, o presidente francês foi esta noite à televisão sublinhar que não vai tolerar anarquia e avisar que a taxa é para manter.

"A estratégia que adotámos para o carbono vai manter-se, mas não pelo prazer de chatear os franceses. Queremos simplesmente garantir que os impostos sobre o carbono, sobre a poluição, pesem mais que os impostos sobre o trabalho. É indispensável, se queremos garantir a prosperidade em França", disse Édouard Philippe.

Édouard Philippe avisou que aceita manifestações, mas não a anarquia, depois de mais de quatrocentas pessoas terem ficado feridas e uma ter morrido na sequência dos protestos.

"Em França, a liberdade de expressão e de manifestação estão garantidas. São direitos. É preciso lutar por garanti-los. No entanto, França é liberdade de expressão e de manifestação, mas não é a anarquia. Não quero pôr todos no mesmo saco, mas ontem e hoje vimos situações que envolvem anarquia, pressão e violência."

O novo movimento "coletes amarelos" começou na madrugada de sábado a bloquear mais de 2000 pontos estratégicos das principais estradas francesas. O protesto contou com mais de 124.000 participantes segundo o ministério do interior.