Política

Ministra garante que estava a ser irónica e não a criticar os media

Artur Machado / Global Imagens

Em causa estão as declarações da ministra da Cultura durante a Feira do Livro de Guadalajara, no México. Graça Fonseca tentou desviar-se das perguntas dos jornalistas com uma frase que causou polémica.

As redes sociais e os media entraram em alvoroço quando, durante o fim de semana, a ministra da Cultura disse a frase: "Uma coisa ótima de estar em Guadalajara há quatro dias é que não vejo jornais portugueses." A declaração era uma forma de escapar às perguntas dos jornalistas sobre a polémica em torno do IVA das touradas, mas causou polémica, desde logo porque Graça Fonseca tutela a comunicação social. Esta segunda-feira, em entrevista ao DN, a ministra assegura que não estava a criticar os profissionais dos media.

"Não estava obviamente a criticar a comunicação social mas a responder a uma pergunta sobre touradas", garantiu em resposta ao DN.

Graça Fonseca concluiu ainda que "deduzir uma crítica do recurso à ironia e do facto de não dispor ali de jornais em papel é claramente exagerado".

Noutro plano, Graça Fonseca adianta que pretende continuar no cargo de ministra da Cultura se o PS ganhar as próximas eleições e o primeiro-ministro quiser: "Estou a trabalhar na perspetiva de continuar. Claro que sim."

A ministra tomou posse há menos de dois meses e esta já é a segunda vez que se vê envolvida numa polémica. A primeira de todas acendeu-se quando Graça Fonseca defendeu o aumento do IVA das touradas e sublinhou que "há valores civilizacionais que diferenciam políticas"​​​​​​​, declarações que mereceram duras críticas, nomeadamente por parte do CDS que acusou o Governo de querer ditar "uma política de gosto inconstitucional".