Política

"Não sou masoquista nem maluco." Como Paulo Sande espera enfrentar Bruxelas

José Sena Goulão/Lusa

"A obediência cega a Bruxelas não interessa a ninguém é e é detestável", mas Portugal precisa da integração europeia, assume o cabeça de lista do Aliança às Europeias.

Mudar a atitude em relação a Bruxelas não significa apresentar resistência, mas sim fazer "propostas concretas e exequíveis", diz Paulo Sande. É isso que tenciona apresentar nas eleições para o Parlamento Europeu no próximo ano.

"A atitude perante Bruxelas tem de mudar", disse o cabeça de lista do Aliança nas Europeias de maio de 2019 em entrevista ao Jornal de Negócios. "Não necessariamente no sentido de resistência, mas no sentido de apresentar objetivos."

Portugal gosta de ser bom aluno, mas "a obediência cega a Bruxelas não interessa a ninguém é e é detestável", condena, questionado se criticas apontadas por elementos do Aliança podem ser vistas como "uma tentativa de ocupar a vaga populista e eurocética".

"A integração europeia tem de ser boa para Portugal, não sou masoquista nem maluco", ironiza.

Paulo Sande está confiante que vai conseguir um assento no Parlamento Europeu e diz que a ambição é eleger mais do que um deputado do Aliança.

Alvo de polémica por manter o cargo como assessor em Belém apesar da candidatura, Paulo Sande assegura que vai continuar a trabalhar com Marcelo Rebelo de Sousa caso não seja eleito.

Carolina Rico