O grau de ameaça terrorista continua moderado em Portugal, mas as forças de segurança vão reforçar a vigilância nas ruas, durante a época festiva, nas áreas de maior concentração de pessoas, já a partir desta sexta-feira.
São operacionais à civil, confundem-se na multidão, mas estão atentos a qualquer suspeita. Andam em carros descaracterizados, têm formação em luta corpo a corpo, em técnicas de dissimulação e cobertura e em profiling (uma técnica de análise de perfil, com base nas características observadas e no comportamento dos suspeitos).
São os agentes das chamadas Equipas de Reação Tática Encoberta e vão estar em vários pontos considerados mais sensíveis, juntamente com elementos do Grupo de Operações Especiais, a partir desta sexta-feira e até dia 1 de janeiro de 2019.
A informação, avançada pelo Diário de Notícias, indica que os agentes destacados para as zonas mais críticas (como os aeroportos, terminais de transportes e outras áreas com muitas pessoas) são treinados e armados com pistolas-metralhadoras MP5 e fazem parte do Corpo de Intervenção da Unidade Especial de Polícia.
Além do lado mais discreto, a operação conta com uma face mais visível, com polícias fardados e carros-patrulha nas ruas. Irão estar concentrados, sobretudo, em zonas históricas, turísticas e comerciais.
Tal como já aconteceu em eventos como o festival da Eurovisão e a Web Summit, a Polícia de Segurança Pública irá ainda colocar, em em algumas praças, os chamados "ouriços" (bolas de metal com picos de aço), de modo a evitar tentativas de atentados por atropelamento.
Nas estradas, a operação da PSP "Polícia Sempre Presente: Festas Seguras 2018-2019" começou esta sexta-feira à meia-noite e prolonga-se até dia 1 de janeiro.