Política

"Não é pela convergência entre PS e PSD que o SNS será defendido"

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, reage durante a sua intervenção no comício de encerramento da Festa do Avante no Palco 25 de Abril na Quinta da Atalaia, Seixal, 9 de setembro de 2018. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA LUSA

O secretário-geral do PCP falou no encerramento do Congresso regional do PCP no Algarve e apelou ao combate porque "é preciso consolidar direitos".

O PCP acompanha com preocupação aquilo que considera ser uma convergência entre PS e PSD para aprovação da proposta de lei de bases da Saúde do governo.

Uma proposta, que segundo Jerónimo de Sousa, abre a porta aos privados. "Não deixa de ser significativo que o Presidente da República apele a um acordo alargado, sabendo o que esse conceito significa", diz o secretário-geral do PCP. Jerónimo de Sousa fala em pressões dos privados nesta proposta para fazerem do Serviço Nacional de Saúde (SNS) uma fonte de financiamento.

No encerramento do Congresso da Direção Regional do Algarve do Partido, Jerónimo de Sousa enfatizou que o governo não precisa de qualquer lei de bases para avançar com a melhoria do Serviço Nacional de Saúde, bastava, para isso, contratar mais profissionais e dando-lhes melhores condições de trabalho.

No seu discurso, Jerónimo de Sousa deixou também farpas ao PSD e CDS. O Secretário geral do PCP considera que os partidos da direita estão a tirar vantagens das dificuldades do governo PS em gerir o SNS num " exercício de duplo cinismo", procurando branquear as suas responsabilidades e não dizendo como resolveriam os problemas.