Justiça

Adiado início do julgamento de inspectores da PJ

O Tribunal de Faro adiou para segunda-feira o início do julgamento de cinco inspectores da Polícia Judiciária. Os arguidos são acusados de alegadas agressões a Leonor Cipriano, para que esta confessasse o seu envolvimento no desaparecimento e morte da filha Joana.

Foi adiado para a próxima segunda-feira o início do julgamento dos cinco inspectores da Polícia Judiciária (PJ) acusados de tortura por supostas agressões a Leonor Cipriano, condenada a 16 de prisão pela morte da sua filha Joana.

O adiamento deve-se à morte de um familiar de um dos juízes, que vai julgar o caso.

À entrada do tribunal, quando ainda não era conhecido o adiamento, o novo advogado de Leonor Cipriano referiu que dedica o julgamento ao 25 de Abril «porque não queremos voltar, outra vez, ao tempo do fascismo em que a polícia agredia e torturava as pessoas, como a PIDE fazia».

Já Leandro Silva, companheiro de Leonor Cipriano, disse que confirma as agressões à mãe de Joana.

Para António Pragal Colaço, advogado de defesa dos quatro inspectores da PJ, este julgamento constitui um precedente muito grave.

«Estamos a abrir um precedente muito complicado na Justiça, pelo menos podiam ter feito um inquérito como deve ser», referiu o advogado.

Três, dos cinco arguidos, são acusados de tortura para obterem a confissão de Leonor Cipriano pelo assassinato da sua própria filha, outro é acusado de falsificação de documentos e Gonçalo Amaral é de falso testemunho.