Justiça

Juíza aceita Ordem dos Advogados como assistente “no caso Joana”

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A juíza do caso das alegadas agressões de inspectores da PJ a Leonor Cipriano, nas investigações do desaparecimento da sua filha Joana, aceitou, esta sexta-feira, o pedido da Ordem dos Advogados para se constituir como assistente, de acordo com uma fonte ligada ao processo.

A defesa dos cinco inspectores da PJ pretendia que o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, fosse ouvido como testemunha no processo, o que fica inviabilizado com a decisão tomada pela juíza.
 
O julgamento estava previsto começar esta sexta-feira, mas foi adiado para a próxima segunda-feira, devido à morte de um familiar de um dos juízes do colectivo.
 
As acusações do Ministério Público contra os inspectores da Judiciária surgiram na sequência dos interrogatórios na PJ de Faro.
 
Três inspectores são acusados de crime de tortura, um é acusado de não ter prestado auxílio e omissão de denúncia e um quinto é acusado de falsificação de documento, segundo informações vindas a público.

Três dos arguidos no processo são Pereira Cristóvão, Leonel Marques e Paulo Marques Bom.

Um quarto inspector, Nunes Cardoso, trabalhava no combate ao banditismo em Lisboa quando foi destacado para o “caso Joana”.
 
O quinto arguido neste processo é Gonçalo Amaral, que está acusado de «falso testemunho» e «omissão do dever de denúncia».

O Tribunal de Faro escolheu, a 17 de Outubro, quatro membros efectivos, quatro homens, e quatro suplentes para integrar o Tribunal de Júri que irá julgar, juntamente com um colectivo de juizes, os cinco inspectores da PJ.

A Ordem dos Advogados constituiu-se assistente, «como se fosse ofendida», neste processo, com o objectivo de «coadjuvar o Ministério Público na descoberta da verdade».