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Por que celebramos o Ano Novo a 1 de janeiro?

epa07204517 People watch fireworks illuminate the sky over the Corniche of Abu Dhabi as a performance to celebrate the UAE's 47th National Day and the Year of Zayed in Abu Dhabi, United Arab Emirates, 02 December 2018. UAE celebrates National Day on 02 December marking the unification of the seven emirates, Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Fujairah, Ras al-Khaimah, Ajman and Umm al-Quwain into the United Arab Emirates, and freedom from the British Protectorate. EPA/ALI HAIDER EPA

A decisão de começar o ano no dia 1 de janeiro foi tomada há dois mil anos, mas durante a Idade Média a passagem de ano chegou a celebrar-se no dia 25 de março.

Por que celebramos o início de um novo ano no primeiro dia de janeiro e não em março ou qualquer outro dia do calendário?

A decisão foi tomada há dois mil anos por Júlio César. O imperador romano criou o calendário juliano no ano 46 a.C. com base nos 365 dias que a Terra demora a dar uma volta completa ao Sol e escolheu janeiro para o começar.

A historiadora Diana Spencer conta à BBC que janeiro é um mês com um significado especial para os antigos Romanos. É o mês de Jano, deus das mudanças e transições, por isso a escolha era óbvia.

Representado com duas caras, uma a olhar em frente e outra nas costas, Jano é também associado ao passado e ao futuro, a entradas e saídas.

Janeiro também marca um novo começo depois do Solstício de Inverno, dia 21 de dezembro, o dia mais curto do ano.

Durante a Idade Média, muitos países cristãos consideravam que o dia 1 de janeiro tinha uma conotação demasiado pagã e passaram a celebrar a passagem para um novo ano a 25 de março, dia em que o anjo Gabriel apareceu à virgem Maria para lhe dizer que ia dar à luz o filho de Deus.

Com a adoção do calendário gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de fevereiro do ano 1582, o dia 1 de janeiro voltou a ser o primeiro dia do ano.

Exceção feita a Inglaterra, país protestante, onde o dia 25 de março continuou a ser dia de passagem de ano até 1752, quando o parlamento decidiu alinhar o país com o resto da Europa.