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Bolsonaro de olhos postos nos 100 dias de presidência

Brazil's President-elect Jair Bolsonaro salutes before receiving a confirmation of his victory in the recent presidential election in Brasilia, Brazil December 10, 2018. REUTERS/Adriano Machado REUTERS

A cerimónia de posse ainda não aconteceu, mas Jair Bolsonaro já está em contagem decrescente para o próximo conselho de ministros. O plano de combate ao crime organizado é a prioridade do novo presidente brasileiro.

"Encontramo-nos dia 11 de abril", disse Jair Bolsonaro, no seu primeiro, e ainda informal, conselho de ministros, realizado nos últimos dias de dezembro.

O presidente que toma posse, esta terça-feira, como 38.º chefe de Estado do quinto maior e mais populoso país do mundo já está de olhos postos na data que assinalará os primeiros 100 dias de governo.

Nessa ocasião, Bolsonaro exige que já tenha sido aprovada no Congresso Nacional ou, pelo menos, esteja em condições de ser votada e aprovada, a reforma da previdência social, a prioridade das prioridades do seu Governo. Aliás, o projeto que vai impor idade limite para a reforma e aposentadoria dos trabalhadores, já era a prioridade de Michel Temer, o seu antecessor, que não a conseguiu aprovar.

Outra medida considerada fundamental para o presidente mais à direita desde a redemocratização do país, em 1985, é o plano de combate ao crime organizado, uma vez que os temas relativos a segurança sempre foram o principal cavalo de batalha do presidente eleito enquanto deputado.

Para uma e outra prioridades têm agora a palavra Paulo Guedes, o superministro da Economia, e o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, o superministro da Justiça, as duas maiores estrelas do executivo.

Medidas simbólicas e que dependem apenas de iniciativa presidencial, como a facilitação do acesso a armas serão, em paralelo, tomadas logo nas primeiras horas de governo.

Um governo que, como esperado, é constituído por muitos generais do exército - são sete em altos cargos, a começar pela vice-presidência, ocupada pelo General Hamilton Mourão -, mas também com forte influência da comunidade evangélica. Outro braço importante de apoio a Bolsonaro, nas áreas sociais, e do lóbi dos grandes latifundiários, nas pastas ligadas ao meio ambiente, um setor em que cada passo dado pelo Brasil é visto com muita atenção pelo mundo.