O plano de contingência acautela os interesses recíprocos de Portugal e do Reino Unido e algumas medidas encontram-se já em execução, adiantou o Primeiro-Ministro.
O Conselho de Ministros aprovou, esta quinta-feira, um plano de contingência, no caso do Reino Unido abandonar a União Europeia (UE) sem ter chegado a um acordo.
Entre as medidas anunciadas por António Costa estão o reforço dos serviços do consulado, um aumento de mais 60 funcionários nas alfândegas e a criação de um balcão dedicado ao Brexit, para dar apoio às empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido.
"Ao longo deste ano serão asseguradas 35 permanências consulares em 16 locais diferentes do Reino Unido, de forma a assegurar um apoio consular mais próximo para os 400 mil portugueses" que residem no país, adiantou o Primeiro-Ministro.
"No IAPMEI (a Agência para a Competitividade e Inovação), foi criado um mecanismo de atendimento específico para PMEs (pequenas e médias empresas) que exportam para o Reino Unido e nas lojas de exportação da AICEP vai ser criado um balcão Brexit", acrescentou.
Para combater a queda da entrada de turistas britânicos, o Governo revelou também que serão criado corredores específicos para o Reino Unido nos aeroportos de Faro e do Funchal, que recebem cerca de 80% dos turistas do país que entram em Portugal.
"Nestes dois aeroportos serão criados corredores dedicados aos cidadãos britânicos - tal como existem para os cidadãos da União Europeia e para os cidadãos originários da CPLP -, tendo em vista agilizar a entrada dos turistas britânicos no nosso país e evitar situações de bloqueios", esclareceu António Costa.