Mais de 850 pessoas foram detidas durante manifestações antigovernamentais desde 21 de janeiro.
Na passada quarta-feira foram detidas 696 pessoas na Venezuela, o número mais elevado de detenções num só dia das últimas duas décadas, escreve a Reuters.
Os protestos contra o Governo venezuelano continuam a subir de tom e sobe também o número de detidos. O último balanço aponta para mais de 850 pessoas, incluindo 77 menores.
Segundo o Fórum Penal Venezuelano, uma organização não-governamental de defesa de direitos humanos, os detidos são acusado de delitos de terrorismo, instigação ao ódio, alteração da ordem pública e desacato à autoridade, entre outros.
Na sexta-feira, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou a oposição de promover a violência no país e pediu às autoridades que os cidadãos envolvidos em atos de vandalismo sejam condenados a 20 anos de prisão.
Pelo menos 40 pessoas morreram durante manifestações antigovernamentais, incluindo 26 pessoas abatidas por forças pró-regime, cinco durante raides a casas e 11 durante pilhagens.
A onda de violência começou depois de Nicolás Maduro ter iniciado o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela maior parte da comunidade internacional, e escalou quando o presidente da assembleia nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela.