Política

PS admite avançar com comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos

Oliveira de Azeméis, 19/06/2018 - Ação contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Nogueira do Cravo. (Tony Dias/Global Imagens) Tony Dias/Global Imagens

João Paulo Correia diz que inquérito parlamentar pode "apurar toda a verdade" se tiver acesso a mais informação dos bancos.

O Partido Socialista admite abrir uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Em declarações no Fórum TSF, conduzido por Manuel Acácio, o deputado socialista João Paulo Correia fala em duas condições "para que o inquérito parlamentar seja útil ao país e apure toda a verdade".

Para o socialista, há duas condições essenciais para que exista um inquérito parlamentar conclusivo, nomeadamente a entrega aos deputados do relatório da auditoria feita à gestão da Caixa entre 2000 e 2015 e a promulgação, pelo Presidente da República, do diploma que o Parlamento aprovou há três semanas, a obrigar os bancos a fornecer toda a informação que é requerida pelas comissões de inquérito.

PSD e CDS já tinham admitido propor uma nova comissão de inquérito à Caixapara apurar em que circunstâncias foram feitas concessão de créditos à revelia das análises de risco e que resultaram em perdas de mais de 1.000 milhões de euros.

Ainda no Fórum TSF, o deputado do PSD Duarte Pacheco admite que uma comissão de inquérito faz todo o sentido, ainda mais se o Governo e a CGD continuarem a recusar entregar o relatório ao Parlamento.

Por sua vez, Mariana Mortágua defende que o Bloco de Esquerda não exclui um novo inquérito, mas antes de pensar nisso, tem que ser conhecida a auditoria.

Também CDS-PP, pela voz de João Almeida, assegura que não ficará de fora perante uma eventual comissão de inquérito.

Já o PCP considera que não faz qualquer sentido criar uma nova comissão de inquérito, uma vez que "não cabe ao parlamento apurar responsabilidades criminais".

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