O ministro dos Negócios Estrangeiros não quis comentar a decisão de Maduro, que anunciou a transferência dos fundos da petrolífera estatal de Lisboa para Moscovo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros acusa o eurodeputado Paulo Rangel de aproveitamento eleitoral da situação grave vivida na Venezuela.
"Há deputados que felizmente se interessam pela Venezuela. Há muito comunicam com as comunidades portuguesas na Venezuela. São deputados de vários partidos, incluindo o PSD, que muito nos ajudam nesse trabalho. E há outros que chegaram tarde a este problema e chegaram mal porque que querem abordar este problema enquanto oportunidade eleitoral", acusou Augusto Santos Silva.
Rangel, cabeça-de-lista do PSD às europeias, desafiou na quinta-feira o governo a esclarecer se há portugueses entre os "3,5 milhões de refugiados" que deixaram a Venezuela, acusando o executivo de usar uma "diplomacia de pantufas" nesta matéria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros não quis comentar a decisão do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que transferiu os fundos da empresa petrolífera venezuelana de Lisboa para Moscovo. "É uma decisão do Estado venezuelano que sobre as quais não tenho de me pronunciar", disse.
O chefe da diplomacia portuguesa reiterou que na Venezuela há uma "profunda e gravíssima crise económica, social e humanitária" que "tem uma raiz política", sublinhando que o país deve avançar rapidamente para uma solução que inclua eleições livres.