Mundo

Usaram explosivos, paus e pedras. O ataque à viatura de Juan Guaidó

Venezuelan opposition leader Juan Guaido, who many nations have recognized as the country's rightful interim ruler, greets supporters after his arrival at the Simon Bolivar International airport in Caracas, Venezuela March 4, 2019. REUTERS/Carlos Jasso REUTERS

Um grupo de motociclistas, alegadamente afetos ao regime de Maduro, usaram explosivos para atacar a viatura do autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó.

Um curto vídeo do ataque, divulgado na Internet, mostra a interceção feita à viatura geralmente utilizada por Juan Guaidó. O ataque foi feito com recurso a golpes, paus, pedras e engenhos explosivos e causou danos materiais na porta do lado do motorista e destruiu o espelho retrovisor.

O ataque teve lugar depois dos coletivos, um grupo de motociclistas afetos ao regime de Maduro, cercarem o Palácio Federal Legislativo, gritando palavras de ordem e insultos contra os parlamentares e contra Juan Guaidó, que também é presidente da Assembleia Nacional, onde a oposição detém a maioria.

Juan Guaidó saiu do Parlamento onde presidiu a uma sessão durante a qual condenou a chegada à Venezuela de dois aviões russos e de quase uma centena de militares da Rússia, no último sábado, e acusou Caracas e Moscovo de violarem a Constituição venezuelana.

Segundo o Parlamento as missões militares deveriam ser autorizadas por aquele organismo, o único controlado pela oposição no país caribenho.

"Esses aviões não trouxeram geradores, nem técnicos para intervir (na barragem de) El Guri, nem geradores para substituir os danificados, trouxeram militares estrangeiros para solo venezuelano, esquecendo a crise que temos na Venezuela", disse, em alusão ao apagão que desde segunda-feira afeta o país.

Guaidó frisou que o Governo venezuelano "não tem como solucionar" a crise elétrica "que criou" no país, e que inventa motivos, recomendando à população que compre velas e lanternas, perante uma falha técnica provocada pelo "mau funcionamento e a corrupção" no sistema elétrico venezuelano.

Entretanto, através de um comunicado a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiro de Rússia, Maria Zajarova, explicou que o envio de tropas militares russas para Caracas faz parte de um acordo de cooperação técnico-militar assinado entre a Venezuela e a Rússia em 2011, o que dispensa "aprovação adicional".