Para a população de Faro e do Algarve o que está por detrás da pesada porta verde de madeira só a partir desta quinta-feira vai deixar de ser um mistério. Até agora o Paço Episcopal esteve encerrado ao público.
Até hoje foi interdita a possibilidade de visitar a enorme casa construída no séc XVI, situada na zona antiga da cidade, paredes meias com a Sé de Faro.
O atual bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, decidiu que já era tempo de abrir as portas e mostrar a história e a riqueza que esta casa contém.
O Paço Episcopal começou a ser construído durante o bispado de D. Afonso Castel-Branco (1581-1585), na sequência da transferência da sede do bispado do Algarve de Silves para Faro, em 1577.
Após o terramoto de 1755, o edifício foi reedificado e ampliado por D. Frei Lourenço de Santa Maria (1752-1783), destacando-se no seu desenho, os telhados de quatro águas e o portal. O interior apresenta um conjunto de azulejos do século XVIII em tons azul e amarelo, o elemento principal da sua riqueza.
Durante a primeira República o Paço foi tomado pelo Estado e a capela do Bispo chegou a ser ginásio para os militares da Marinha.
Hoje, as escadarias cobertas de azulejos únicos e as três enormes salas com telas que vão desde os séc. XVII ao séc. XX ficam visitáveis.