Política

Nomeações do Governo? "É simplesmente intolerável, não pode acontecer"

Nuno Melo depois de ter sido apresentado como cabeça de lista do partido ao Parlamento Europeu durante os trabalhos do 27.º Congresso Nacional do CDS-PP, em Lamego, 10 de março de 2018. NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA LUSA

Nuno Melo aponta o dedo ao Governo devido ao número de nomeações e acredita que se trata de algo inaceitável num Estado de direito.

O CDS considera intolerável o elevado número de nomeações do Governo. Esta sexta-feira, o Correio da Manhã avança que já foram feitas 3282 nomeações, o que representa uma média de duas por dia.

No Parlamento, em declarações aos jornalistas, Nuno Melo acusou o Governo de fazer mais nomeações do que os governos de Passos Coelho e José Sócrates, algo que acredita ser inaceitável num Estado de direito.

"Aqui chegados, 2019, século XXI, percebemos, num Governo, a absoluta colonização da administração e do Estado pelos representantes de poucas famílias, dos cemitérios aos mais altos cargos. É simplesmente intolerável, não pode acontecer num Estado que se diga de direito e democrático", atirou o eurodeputado.

O centrista ressalvou que "o Governo existe para servir um povo" e não para "reconhecer a vantagem de algumas famílias". Assim, Nuno Melo desvalorizou o "argumento perverso de quem ninguém pode ser prejudicado, sendo competente, por ser de uma determinada família".

"Não está em causa ser-se competente, quando hoje temos a geração mais qualificada de sempre em Portugal, a competência não se encontra em meia dúzia de famílias, está no país inteiro", reitera o cabeça de lista do CDS às eleições Europeias.