Economia

Há mais um sindicato de motoristas a ameaçar com greve

Filas de trânsito na 2ª circular para reabastecerem as suas viaturas num posto em Benfica, Lisboa, 17 de abril de 2019. A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica. Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito. JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA LUSA

Sindicato Independente quer juntar-se às negociações que começam esta segunda-feira, depois da greve dos motoristas de matérias perigosas.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), criado há cerca de quatro anos, quer ser envolvido nas negociações que esta segunda-feira começam entre patrões e motoristas de matérias perigosas. Uma fase de negociação que só foi conseguida depois da greve que parou a distribuição de combustíveis.

Jorge Cordeiro refere à TSF que, se não for possível que se juntem às negociações, avançarão, muito provavelmente, para uma greve que dizem ter tentado evitar, mas que parece ser o único caminho para conseguirem alguma coisa: "As pessoas têm de ter em atenção o caos a que o país chegou com a greve do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas em que 800 trabalhadores paralisaram o país e provocaram o caos".

Jorge Cordeiro granate que o sindicato não representa apenas os motoristas de matérias perigosas, pelo que se, muitos dos motoristas pararem, "então o país chega a um caos muito maior, pois além de combustíveis nas bombas, vai deixar de haver comida nos supermercados, roupas... isso tudo".

O SIMM afirma que tem de ser envolvido nas negociações que agora começam entre patrões e o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, caso contrário a greve é uma forte hipótese.

"Até porque", detalha Jorge Cordeiro, temos tido muitos contactos de motoristas associados e não associados e vemos o grande descontentamento da classe, estando mesmo muitos motoristas de baixa, em casa, devido às pressões que sofrem".

Para vários motoristas que não transportam materiais perigosos e se manifestam junto deste sindicato, é uma injustiça não chegarem pelo menos à fase de negociação com os patrões, apenas pelo facto de não terem participado na última greve.

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Nuno Guedes