Sociedade

Revisores e trabalhadores ferroviários em greve no mês maio

Utentes passam junto a um comboio da CP parado na estação de Santa Apolónia em Lisboa devido à greve de trabalhadores da CP, IP-Infraestruturas de Portugal, IP-Telecom , IP - Engenharia , IP -Património e EMEF. A greve de 24 horas, convocada pela Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, prende-se com a exigência que em cada uma das empresas se cumpram os acordos firmados e que as negociações decorram com objetivo de encontrar resposta para as reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente a valorização dos salários. 7 de dezembro de 2018. A porta-voz da CP – Comboios de Portugal, Ana Portela, adiantou à agência Lusa que entre as 00:00 e as 08:00 estavam previstos 119 comboios em Lisboa, mas realizaram-se apenas 58.. MIGUEL A. LOPES/LUSA LUSA

Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) acusa o Governo de não ter cumprido promessas, o que levou à greve.

Os revisores e trabalhadores ferroviários vão fazer greve nos próximos dias 20 e 21 de maio, depois de terem entregue, esta segunda-feira, um pré-aviso para o protesto.

Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), garante que os trabalhadores tudo fizeram para "evitar este conflito laboral" e para que não haja constrangimentos para os utentes.

À TSF, o sindicalista explica que em 2017 foi celebrado um "acordo entre a Comboios de Portugal (CP) e o Ministério das Infraestruturas para o recrutamento de 88 trabalhadores para a área comercial", o que "até à data ainda não foi honrado".

Por outro lado, também a "negociação do acordo coletivo de trabalho devia ter sido finalizada até dia 30 de setembro e ainda nem sequer se iniciou a negociação".

Luís Bravo reforça também que, em outubro do ano passado, o Governo anunciou que "iria fazer um contrato de serviço público à CP e ainda não saiu do papel nem da intenção".

O responsável não consegue prever os efeitos da greve, mas assegura que tudo foi feito por parte dos trabalhadores para que não se chegasse a esta situação.