Líder parlamentar do PS regista o "regresso à racionalidade" e o "emendar dos erros" por parte dos dois partidos, mas não poupa nas críticas. "PS representa o sentido de responsabilidade", afirma Carlos César.
Foi logo após a o chumbo do diploma que pretendia a recuperação integral do tempo de serviço dos professores que o líder parlamentar do PS reagiu à crise política dos últimos dias, e, desde logo, para assinalar o "regresso à racionalidade" de PSD e CDS-PP. Mas, porque para Carlos César, as marcas deixadas pelo combate político que começou na passada semana não podem ser ignoradas, o socialista parte para o ataque a CDS-PP e PSD.
"Este dia marca o regresso à racionalidade por parte do PSD e CDS-PP. Não é grave e não fica feio a ninguém emendar os erros que se comentem. O PSD e o CDS-PP emendaram. Mas, os portugueses concluirão que o PSD e o CDS não são partidos confiáveis", afirmou Carlos César, no parlamento, no final do debate, e depois de, ao lado do PS, as bancadas de PSD e CDS-PP terem rejeitado, em votação final global, o texto que previa a recuperação integral do tempo de serviço dos professores.
Segundo o líder parlamentar do PS, outra das conclusões a retirar após o debate dos últimos dias é a de que o PS "representa o sentido de responsabilidade" no quadro político português.
"O que somos ficou bem evidenciado neste debate: o PS representa o sentido de responsabilidade, sem perder a ambição social e a confiança daqueles que necessitamos que a mantenham, neste caso os nossos credores e investidores externos, que dão emprego e riqueza ao nosso país", disse Carlos César.
Assumindo que o debate sobre os professores foi alvo de um "processo mais mediático do que outros", no final da votação, o líder parlamentar do PS comentou ainda o futuro da atual solução governativa, e sublinhou: "Caberá ao PCP, ao BE, como aos outros partidos, fazerem a avaliação das políticas do Governo e, em cada circunstância, legitimar ou não da continuidade de uma solução como a que hoje temos".
"O que hoje aconteceu foi que os diferentes partidos que tinham contribuído para essa solução irracional e irresponsável, que na altura tinham-na considerado correta - estou a citar o PSD -, deram agora o dito por não dito e voltou tudo à normalidade", concluiu.