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Estudo revela crise de confiança nas vacinas na Europa Ocidental

Moscavide-01/11/2017- Vacina‹o da gripe do Secret‡rio de Estado da Saœde, Manuel Delgado, e da Diretora-Geral da Saœde, Graa Freitas. (PAULO SPRANGER/Global Imagens) Paulo Spranger /Global Imagens

Ao contrário do nível registado em termos mundiais, no continente europeu pouco mais de metade da população considera as vacinas uma forma segura de prevenção da saúde.

O estudo revela que na Europa ocidental, 59 por cento dos inquiridos considera as vacinas um meio seguro de prevenção de saúde. O valor desce se olharmos para a Europa oriental, onde apenas metade das pessoas tem a mesma opinião.

Uma realidade que contrasta com o resto do mundo, onde 79 por cento da população considera que as vacinas são uma boa aposta.

Outro dado deste estudo, realizado pelo Wellcome Global Monitor, revela que a nível mundial é muito elevada a percentagem de pessoas - 84% - que acredita que as vacinas são eficientes.

Na Europa, a França é o recordista do sentimento de desconfiança é a mais elevada, pelo menos foi manifestada neste inquérito por uma terço da população.

O estudo, para além dos números, quis apurar as causas. Neste capítulo, a confiança em médicos, enfermeiros e cientistas é um fator decisivo, assim como a credibilidade das instituições governamentais. Um dos autores, citado pelo jornal "The Guardian", acrescenta na lista a cultura, o contexto e a experiência de cada um, assim como as crenças individuais.

Outro dado apurado é que é nos países em desenvolvimento que se verifica o nível de confiança mais elevado. No Ruanda os benefícios das vacinas são uma certeza para 97 por cento da população.

No lado oposto, nos países mais desenvolvidos, os movimentos contra a vacinação ganham cada vez mais espaço, sobretudo nas redes sociais. Para os autores do estudo, a longo prazo serão visíveis as consequências desta nova realidade.