Bispo português no Vaticano lança dois livros. Um sobre as cartas de D. António Barroso, antigo bispo do Porto, extraídas dos arquivos secretos do Vaticano e outro, "o moinho da memória", de textos dispersos e conferências, feitos nos últimos anos de residência no Vaticano.
D. Carlos Azevedo, originário da diocese do Porto, é doutorado em História da Igreja. Foi vice-reitor da Universidade Católica, bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal.
De forma ainda não suficientemente clarificada, foi-lhe imposta residência em Roma, em 11-11-11, como delegado português da cultura no Vaticano. Aí se tem confinado mas não sem investir na divulgação de temáticas pertinentes.
Nesta entrevista à TSF, D. Carlos Azevedo, referindo-se às dificuldades de encontrar um milagre para a beatificação do venerável missionário e polémico D. António Barroso, antigo bispo do Porto na primeira República, lança o repto aos bispos portugueses para que solicitem ao papa Francisco a dispensa do milagre e o consagre modelo da missionação da Igreja quando se está a celebrar, a nível mundial, o ano missionário.
Nas observações que faz a partir do seu último livro, "O Moinho da Memória", o delegado da cultura no Vaticano manifesta uma posição crítica sobre a "constantinização" da Igreja Católica, presa ainda aos poderes temporais, impedindo-a de ser "testemunha livre do Deus de Jesus Cristo".