Governo quer encontrar 12.500 novas camas para estudantes do Ensino Superior nos próximos quatro anos.
O Governo e as dioceses estão a estabelecer parcerias para aumentar o número de camas para estudantes já no próximo ano letivo.
Segundo avança esta quinta-feira o Jornal de Notícias há várias dioceses interessadas em ceder o espaço de antigos seminários ou reabilitar edifícios da Igreja, ao abrigo do Fundo de Reabilitação, para os transformar em residências.
O Executivo serve de mediador no processo, mas os contratos terão de ser estabelecidos entre a Igreja e as instituições de ensino.
Em declarações à TSF, o secretário de Estado do Ensino Superior assume que são precisas tantas camas quanto possível. O Governo espera conseguir 12.500 novas camas nos próximos quatro anos, conta João Sobrinho Teixeira.
O secretário de Estado recusa assumir já compromissos para o próximo ano letivo. O processo está "a meio", explica, só mais perto de setembro será possível fazer um balanço dos novos alojamentos para estudantes.
E quanto aos preços? Estarão em linha com a realidade do mercado de arrendamento nas região do país em que se inserem, afirma João Sobrinho Teixeira, e com o que as instituições de Ensino Superior cobram aos estudantes não bolseiros.
Podem variar entre os 130 euros no interior do país, e os 220 e 250 euros nos grandes centros urbanos. Não é o ideal, admite. "Devia haver uma realidade que facilitasse ainda mais o custo do alojamento".
Ouvido pela TSF, o bispo do Porto, Dom Manuel Linda, assume que a diocese do Porto não tem grande disponibilidade de camas para estudantes.
"Não temos muitas possibilidades nesta fase." No máximo serão cedidas mais dez ou 15 quatros.
Já Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, conta que já houve conversas com o Governo, mas ainda está à esperada do caderno de encargos para saber qual é o perfil do alojamento que se pretende.
O preço do arrendamento para estudantes, defende, deve ser "o mais justo e o mais leve possível para as famílias dos estudantes universitários."