Angra do Heroísmo, Açores, 01 jul 2019 (Lusa) -- A Proteção Civil dos Açores iniciou hoje, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, uma formação em primeiros socorros destinada a professores, que pretende estender a todas as escolas açorianas até 2020.
"Este é o primeiro curso, estamos numa época de férias, teve uma adesão aceitável, mas o nosso objetivo é estendê-lo a todas as unidades orgânicas ao longo de 2019 e 2020 e depois fazermos um resumo e chegarmos a conclusões para saber se vamos continuar", afirmou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Carlos Neves.
O responsável falava, em declarações aos jornalistas, à margem do arranque do primeiro curso de 16 horas, na Escola Básica e Secundária Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo.
Segundo Carlos Neves, este é o primeiro curso do género a ser "creditado pelo Direção Regional da Educação" e, nesse sentido, "irá atribuir 0,6 créditos para a progressão na carreira do pessoal docente".
O objetivo da Proteção Civil é levar o curso a todas as escolas dos Açores e "chegar ao maior número possível de professores".
Entre outras técnicas, os docentes irão aprender, durante dois dias, a "saber identificar situações de paragem cardiorrespiratória e, principalmente, executar manobras de suporte básico de vida, saber identificar situações de obstrução da via aérea e executar as manobras de desobstrução e utilizar corretamente o desfibrilador automático externo".
O curso ensina também a "colocar uma vítima em posição lateral de segurança, saber executar os passos de avaliação da vítima, saber identificar os primeiros sintomas e sinais em situações de trauma e saber executar as técnicas bases de imobilização".
"Nós tentamos com este curso ministrar uma formação aos professores, por forma a que eles adquiram os conhecimentos necessários a uma correta atuação num situação de emergência e até à chegada da ajuda diferenciada", salientou Carlos Neves.
O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores destacou a importância da atuação nos primeiros segundos das emergências, sobretudo em situações de paragem cardiorrespiratória.
"Pode ser muito importante, tanto para salvar uma vida -- porque como sabemos os primeiros segundos são extremamente importantes, nomeadamente, numa paragem cardiorrespiratória -- e também para aliviar a dor e para passar uma informação correta ao socorro", apontou.
Segundo Carlos Neves, a iniciativa insere-se na estratégia da Proteção Civil de "chegar junto do maior número de pessoas da sociedade civil" e de "tentar abranger toda a população".
"Em 2017, 2018 e nos primeiros seis meses de 2019 tivemos quase 170 ações de formação, desde palestras de primeiros socorros e de suporte básico de vida a 'mass trainings' em suporte básico de vida, onde abrangemos um total de 8.000 participantes", realçou.