As contas são da Associação das Empresas Portuguesas para o setor do Ambiente (AEPSA) que esta quarta-feira organiza uma conferência em Lisboa.
A AEPSA, que junta os concessionários privados que distribuem água canalizada a 20% da população portuguesa quer estabilidade regulatória e lesgislativa, nomeadamente com a alteração do regime de gestão das empresas municipais.
O presidente da AEPSA, Eduardo Marques, quer deste modo facilitar a opção de mais municípios pela entrega da distribuição da água a concessionários privado e Eduardo Marques tem um argumento para que isto aconteça.
"É o setor privado concessionário que tem atingido melhor os objetivos e na maior parte dos indicadores já os ultrapassou". Eduardo Marques dá o exemplo da eficiência hídrica com perdas em Portugal de 120 milhões de metros cúbicos de água tratada.
"Nós estamos a perder qualquer coisa como 10 piscinas olímpicas de água por hora, isto quer dizer que em Portugal esta média de perdas ultrapassa os 30% e há entidades que tem mais de 50% de perdas. Ora o setor privado concessionado já consegui atingir uma eficiência hídrica com perdas abaixo dos 15% . Se nós conseguirmos que as perdas nacionais atingem o mesmo nível dos 15% haveria uma economia nacional superior a 120 milhões de euros por ano", sublinha.
O setor privado da água gere 20% da população em 33 concessões onde investiu 1200 milhões de euros. E, "eu diria que tem capacidade para investir outro tanto no curto prazo, para isso é apenas necessário que haja estabilidade regulatória e estabilidade legislativa", destaca Eduardo Marques.
"Desafios de eficiência e regulação" no sector da água junta esta quarta-feira em Lisboa os privados que defendem mais clareza no regime de gestão das empresas municipais.