Os dados do Programa Copernicus da UE são preliminares mas mostram que o recorde registado em 2016 pode ser batido quando forem incluídos os dados dos dois últimos dias em falta do mês de julho de 2019.
Os dados dos primeiros 29 dias do mês de julho de 2019 estão "em linha" ou ligeiramente mais altos que os registados em julho de 2016 o mês, até ao momento, detentor do recorde de mês mais quente de sempre desde que há registo.
A avaliação é feita pelos investigadores do Programa Copernicus da União Europeia (C3S). Os dados compilados revelam que a temperatura média de julho deste ano está, neste momento, nos 16,6 graus celsius contra os 16, 67 graus celsius registados em julho de 2016, mas ainda falta incluir os dados dos dias 30 e 31 de julho. Os dados finais serão divulgados dia 5 de agosto.
Para os cientistas, este é mais um sinal de que o planeta Terra está atravessar um período de aquecimento sem precedentes. E o facto de, recentemente, vários países europeus terem passado por ondas de calor não é o sinal mais preocupante.
De acordo com Freja Vamborg, do Programa Copernicus, em 2019, o mês de julho foi bastante quente mas também o foram todos os meses deste ano.
"Todos os meses de 2019 foram muito quentes em comparação com outros anos (...). E esta tendência não deverá abrandar a menos que se faça alguma coisa para travar as emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa", adiantou a cientista, citada pela BBC.