Política

"Há um sentimento nacional de revolta" em relação à greve dos motoristas

Primeiro-ministro pede entendimento entre patrões e motoristas Aris Oikonomou/EPA

Primeiro-ministro fala numa greve "indesejável" e garante que Governo está preparado para minorar o impacto na vida dos portugueses.

António Costa apela para que motoristas e patrões se entendam e arranjem uma solução na próxima segunda-feira, antes da greve que está marcada para o dia 12 de agosto.

À saída da reunião semanal com o Presidente da República, em Loulé, o primeiro-ministro refere que esta é a "última oportunidade para que haja uma solução acordada" e que deve ser feito um "esforço negocial".

"Há um claro sentimento nacional de revolta e de incompreensão perante uma greve que é marcada para o meio de agosto, quando já estão acordados aumentos salariais de 250 euros para janeiro de 2020 e o que está em causa são os aumentos salariais de 2021 e 2022", explicou o chefe do Executivo, frisando que "ninguém de bom senso" o faz uma greve devido a salários de 2021 e 2022.

Independentemente do cenário, Costa garante que está a ser feito tudo para que os portugueses não sofram um grande impacto com a greve.

"O Governo está preparado para minorar tanto quanto quando possível os efeitos de uma eventual greve que é indesejável, que nada justifica, que tudo permite ser evitada a tempo, mas que adotaremos todas as medidas até ao limite do que a lei e a constituição nos permitem adotar para minorar os impactos na vida dos portugueses", justificou o primeiro-ministro.

"O país não tem nenhuma razão para viver num estado de anormalidade injustificada", reiterou.