António Costa já falou ao país. Frisou a possibilidade de uma requisição civil preventiva e criticou a oposição que pensou que o Governo se coibiria de tomar ações.
Na sua comunicação ao país, António Costa disse que a paz dos portugueses tem estado ameaçada pela possibilidade da greve.
"O Governo não pode ser alheio a este conflito entre privados", referiu o primeiro-ministro. "Um Governo responsável tem de se preparar para o pior", disse António Costa.
"Os direitos mínimos foram decididos de uma forma equilibrada", disse ainda Costa, que voltou a frisar que a liberdade de fazer greve termina na interposição das liberdades fundamentais dos outros.
Na hipótese de haver greve, e de não serem respeitados os serviços mínimos, o Governo não hesitará em fazê-los cumprir, disse Costa.
António Costa apelou ainda ao civismo dos portugueses e exigiu o cumprimento da lei, seja em que situação for.
"O Governo agirá sempre de uma forma proporcional aos impactos", manifestou o governante, questionado sobre a possibilidade de uma requisição civil preventiva.
Costa admitiu: "Esta greve não deixará de afetar o dia-a-dia dos portugueses."
Quer as Forças Armadas, quer as forças policiais, têm já planos de operação, que inclui a facilitação de acessos.
"Talvez alguém tenha pensado que, por haver eleições, o Governo se iria inibir de tomar ações. É preciso não ter noção do interesse nacional e dos riscos efetivos de uma greve como esta para achar que o Governo podia tirar férias, quando um Governo nunca tira férias", atirou Costa.
O primeiro-ministro apontou ainda que tem estado em permanente contacto com Marcelo Rebelo de Sousa.