O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) apercebeu-se da utilização de programas informáticos para a aquisição de vagas e reportou o caso ao Ministério Público.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) revelou que, em maio de 2019, apresentou uma "participação no Ministério Público por indícios de prática de crime de auxílio à imigração ilegal", nomeadamente devido à alegada venda de vagas de atendimento nos serviços através de sites de anúncios classificados online.
Em comunicado, o SEF explica que foi notada uma "existência de um anormal volume de acessos ao sistema de agendamentos SAPA - Sistema Automático de Pré Agendamento" entre os dias 26 de abril e 8 de maio, depois de terem sido libertadas 2000 vagas. No seguimento desta afluência, houve ainda uma "ocupação das mesmas num curto espaço de tempo".
Na altura, a entidade analisou os agendamentos e percebeu que foram usados programas automáticos, conhecidos como 'bots', para proceder aos agendamentos no SAPA.
"No sentido de acautelar o normal funcionamento do sistema informático de marcações, foram de imediato introduzidos mecanismos de controlo informático, designadamente a libertação condicionada de vagas e a ativação da funcionalidade reCAPTCHA na página de autenticação do portal SAPA", revela o SEF.