O líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social publicou nas redes sociais mensagens em que revela o desejo de "apanhar" alegado homicida do Algarve. Em causa estão suspeitas de crime de discriminação e incitamento ao ódio.
O Ministério Público abriu um inquérito para investigar a eventual existência de crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência numa mensagem publicada nas redes sociais pelo movimento de extrema-direita Nova Ordem Social, dirigido por Mário Machado.
A informação foi confirmada à TSF pelo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República.
"O Ministério Público determinou a instauração de inquérito relativamente aos factos em apreço, com vista à investigação da eventual existência de crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência (art.º 240º do Código Penal)", lê-se no esclarecimento.
Mário Machado tem várias partilhas na rede social Twitter onde pede ajuda para localizar o alegado homicida de um jovem numa discoteca do Algarve. Num dos posts, publicado há menos de uma hora, o líder da Nova Ordem Social oferece apresenta a fotografia do alegado autor do crime, oferecendo uma quantia para quem tiver informações sobre o seu paradeiro.
O suspeito do homicídio ocorrido no Algarve, no final da semana passada, está em fuga e é procurado pela Polícia Judiciária.
Um jovem de 19 anos pertencente ao 'staff' da discoteca Lick, em Vilamoura (concelho de Loulé), foi mortalmente baleado na cabeça na madrugada da passada sexta-feira no exterior daquele estabelecimento noturno.
Fernando Pacheco, gerente da Lick, revelou então á Lusa que o jovem, que foi baleado na cabeça, era um colaborador da discoteca que estava à porta a colocar pulseiras de acesso ao espaço.
A investigação do caso está a cargo da Polícia Judiciária.