Associações de doentes apontam atrasos nos medicamentos inovadores e nos meios de diagnóstico.
Cinco associações de doentes com vários tipos de cancro alertam que tem existido um agravamento dos cuidados de saúde em oncologia.
Nas últimas semanas tem-se falado muito de atrasos em medicamentos inovadores, mas as associações de doentes avisam que os problemas não se ficam por aqui.
Vítor Neves, da Associação de Apoio a Doentes com Cancro Digestivo, explica à TSF que também há demoras de meses nos exames complementares de diagnósticos que são fundamentais para diagnosticar os tumores ou perceber o seu estado de desenvolvimento para iniciar as terapêuticas.
"Os meses que estão a demorar estes exames no Serviço Nacional de Saúde podem ser a diferença entre a vida e a morte", afirma.
As associações de doentes aplaudem que recentemente tenham surgido médicos a denunciar atrasos nos medicamentos inovadores, mas Vítor Neves explica não sabe o que é mais grave: se a demora nessas aprovações de medicamentos inovadores ou os atrasos nos meios complementares de diagnóstico.
O representante da associação refere-se, nomeadamente, "às TAC, ressonâncias magnéticas, ecografias, ou seja, tudo aquilo que os médicos precisam para definir o diagnóstico de uma doença".
O alerta é assinado pela Associação de Apoio a Doentes com Cancro Digestivo (Europacolon Portugal), Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas, Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale), Associação Portuguesa de Doentes da Próstata e a associação "Careca Power".