O ministro das Finanças tem sido um dos grandes protagonistas dos últimos dias, após ter sido 'disputado' entre Costa e Rio.
O Centeno é do PS e não está à venda. Depois de no frente a frente com Rui Rio se terem discutido 'Centenos' e de os líderes de PS e PSD se terem 'batido' sobre quem tem um melhor Centeno, António Costa não perdeu a oportunidade de elogiar o ministro das Finanças no comício do PS, no Pavilhão Carlos Lopes, e de mostrar de quem é o verdadeiro e único Centeno.
"Que bom que é, quatro anos depois, todos quererem ter o seu Centeno", disse, entre sorrisos trocados com o ministro das Finanças que já tinha discursado e estava na plateia. "Quem desdenha quer comprar", continuou, apontando a Rui Rio que tem Joaquim Sarmento como o 'Centeno do PSD'.
"O senhor Schäuble pode achar que ele é o Ronaldo, só que o passe não está à venda", garantiu o líder dos socialistas.
Entre linhas do programa e críticas à direita, Costa deixou claro que o mais importante é "dar mais força ao PS" para que se alcance, disse, um melhor SNS, melhores políticas de habitação e para que se continue a desenvolver os transportes públicos.
"Dar mais força ao PS para manter estabilidade e cumprir objetivos", apontou o líder socialista.
Assim, reiterou que "quem quer um governo do PS deve votar no PS" e que mais quatro anos de governação socialista serão uma garantia de "estabilidade e esperança reforçada a Portugal e ao futuro dos portugueses".
Perante uma plateia cheia, António Costa recordou que há quatro anos o "PS garantiu a vontade nacional de romper a austeridade" e, agora, é possível comprovar que devolveu a "tranquilidade do dia a dia dos portugueses, que deixaram de recear cortes de salários ou pensões ou enormes aumentos de impostos".
Apesar de por diversas vezes já ter dito que tudo o que foi prometido, foi cumprido, o primeiro-ministro garante que os socialistas não estão "agarrados ao sucesso", principalmente pela consciência de que "ainda há muito para fazer".
Costa apresentou alguns dos grandes pontos fortes do programa do PS, desde a saúde aos transportes públicos, com uma incidência forte na habitação e no combate às alterações climáticas.
As críticas à direita não ficaram fora do discurso do primeiro comício da campanha, primeiro com uma farpa a Cristas devido à lei das rendas e depois com a ideia de que "a direita não sabe" que "não há liberdade para decidir quando se vive em precariedade".